DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A presidente do Sindicato dos Aeronautas, Graziela Baggio, pediu ontem ao vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, que o governo intervenha na Vasp. O pedido foi negado. "Saímos da reunião um pouco desanimados", disse ela. "Não há condições de o Estado fazer uma intervenção", afirmou Alencar.
Baggio disse que o governo precisa intervir porque os atuais controladores da empresa não têm credibilidade para negociar uma saída para a Vasp. Segundo Baggio, caso o governo venha a se omitir, poderá ser responsabilizado pelas dívidas trabalhistas.
Ela afirmou que nem os aviões de carga estão voando. A Vasp perdeu suas últimas linhas regulares no dia 26 de janeiro porque estava cancelando os vôos que tinham taxa de ocupação inferior a 50%. Pouco depois, a aérea anunciou que direcionaria alguns aviões de passageiros para a área de cargas, e que esperava crescimento de até 25% nesse setor. A concessão da Vasp, que vence em abril, não deve ser renovada.

Protesto
Cerca de 60 funcionários da aérea ligados ao Sindicato Nacional dos Aeronautas e ao Sindicato Nacional dos Aeroviários protestaram ontem no aeroporto Santos Dumont, no Rio, contra o não-pagamento de salários e a liquidação do Aeros, fundo de pensão dos funcionários da empresa, anunciado pelo governo na quarta.