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FINANCIAMENTO
Banco quer facilitar liberação de empréstimo
BNDES pretende
ampliar o crédito
LUIZ ANTONIO CINTRA
da Reportagem Local
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) pretende ampliar as linhas
de crédito e simplificar o processo
de liberação dos empréstimos,
com juros cada vez mais próximos
aos das economias desenvolvidas.
Pelo menos é esse o resumo da
``carta de intenções'' apresentada
ontem pelo presidente do banco,
Luiz Carlos Mendonça de Barros, a
empresários e lideranças da Fiesp
(Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Segundo informou o presidente
da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira
Ferreira, os técnicos do BNDES
preparam medidas para agilizar a
concessão de financiamentos, que
deve ficar pronto em 60 dias.
Um dos objetivos do pacote será
estimular investimentos que mais
tarde devem se transformar em exportações, melhorando assim as
contas externas do país.
``O presidente do BNDES anunciou que pretende fazer mudanças
estruturais na instituição, para que
ela chegue mais perto do setor produtivo'', afirmou Moreira Ferreira, após sair do encontro com
Mendonça de Barros.
Um exemplo dado por ele sobre
o rumo que as operações do banco
devem tomar é o caso dos empréstimos concedidos à Confab e à
Bardella. Como as empresas participavam de concorrências internacionais, disputadas por grupos
estrangeiros, precisavam de uma
linha de crédito compatível com as
condições internacionais.
``O que o BNDES fez foi algo inédito: emprestou dinheiro a taxas e
prazos compatíveis, permitindo
que as empresas disputassem em
igualdade'', afirmou o presidente
da federação.
Entre os setores que o BNDES escolheu como prioritários estão o
de agroindústria e também o de
máquinas e equipamentos.
Para facilitar o acesso ao crédito
o BNDES pretende criar a aprovação automática de financiamentos, até um limite que será definido
previamente empresa a empresa.
Esse mecanismo, no entanto, será usado para financiamentos acima de R$ 5 milhões. ``As empresas
não precisarão entrar com toda a
papelada a cada projeto, o que vai
agilizar muito a liberação dos recursos'', avaliou Moreira Ferreira.
Outra novidade é que os recursos
do BNDES poderão ser usados para financiar até 100% de um projeto, o que hoje não ocorre.
E por último, disse Moreira Ferreira, o custo dos empréstimos
também deve cair, ficando na faixa
de um dígito, no caso dos financiamentos em que incide a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), atualmente em 10,3% ao ano.
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