de Nova York

A Argentina vai aumentar sua taxa de juros caso o Fed (banco central dos EUA) decida elevar os juros norte-americanos em sua reunião do dia 25 deste mês.
A afirmação foi feita ontem pelo ministro da Economia argentino, Roque Fernández, durante entrevista coletiva realizada em Nova York.
Segundo Fernández, a taxa de juros argentina será elevada na mesma proporção da dos EUA, caso o aumento ocorra.
Há uma série de especulações nos EUA sobre a possibilidade de o Fed elevar os juros.
O presidente da instituição, Alan Greenspan, estimulou os rumores quando afirmou, em dezembro, que o mercado de ações nos EUA vivia uma ``exuberância irracional''. Há poucas semanas, Greenspan manifestou a mesma preocupação.
Pedro Malan, ministro da Fazenda do Brasil, foi mais cauteloso ao comentar os efeitos da possível elevação da taxa de juros nos EUA.
Segundo ele, ``ninguém sabe'' se o Fed realmente vai aumentar os juros. E se isso ocorrer, não há como antecipar seus efeitos.
Malan e Fernández se juntaram ontem no esforço para convencer empresas estrangeiras a investir em países do Mercosul. Ambos falaram para uma platéia de aproximadamente 200 pessoas, em um café da manhã organizado pela consultoria Price Waterhouse.
Malan afirmou que o Brasil está entrando no quinto ano de expansão econômica contínua e previu crescimento de 4,5% para este ano.
Acrescentou que o déficit em conta corrente de 3,2% do PIB registrado em 96 não é preocupante. Segundo ele, há países que apresentam índices muito maiores que o do Brasil. (CT)

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