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Empresa e consumidor sentirão poucos efeitos
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O consumidor que for às compras na expectativa de economizar com a queda na taxa Selic,
anunciada ontem, acabará frustrado. Assim como as empresas.
Estimativa realizada pela Anefac,
a associação dos executivos de finanças, mostra que, com a redução, os juros médios no comércio
tendem a cair de 102,13% ao ano
(6,04% ao mês) para 101,68% ao
ano (6,02% ao mês).
Na compra de um aparelho de
som de R$ 800, em 12 parcelas, a
economia equivale a um cafezinho (R$ 1,20).
Para as companhias brasileiras,
que dependem de financiamentos
bancários para operar, a taxa média anual para obter capital de giro deve cair de 61,03% ao ano
(4,05% ao mês) para 60,66% ao
ano (4,03% ao mês).
As contas realizadas pela associação têm como base as taxas de
juros anunciadas por bancos e lojas. Quando o governo informa
mudanças na Selic, a Anefac calcula, de forma hipotética, o comportamento das taxas.
Algumas lojas ouvidas pela Folha ontem informaram que não
devem alterar suas taxas de juros
agora. A Arapuã disse que "ainda
precisa aguardar a posição das financeiras que concedem crédito
para a loja". Mas a probabilidade
de queda é pequena. A Casas Bahia não mudará as taxas.
A economia para o bolso de
consumidores e de empresas tem
sido tímida porque os bancos e o
varejo (que empresta dinheiro de
financeiras para vender a prazo)
afirmam ainda ter custos altos
-especialmente o relacionado à
inadimplência.
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