São Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2004

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Empresa e consumidor sentirão poucos efeitos

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O consumidor que for às compras na expectativa de economizar com a queda na taxa Selic, anunciada ontem, acabará frustrado. Assim como as empresas. Estimativa realizada pela Anefac, a associação dos executivos de finanças, mostra que, com a redução, os juros médios no comércio tendem a cair de 102,13% ao ano (6,04% ao mês) para 101,68% ao ano (6,02% ao mês).
Na compra de um aparelho de som de R$ 800, em 12 parcelas, a economia equivale a um cafezinho (R$ 1,20).
Para as companhias brasileiras, que dependem de financiamentos bancários para operar, a taxa média anual para obter capital de giro deve cair de 61,03% ao ano (4,05% ao mês) para 60,66% ao ano (4,03% ao mês).
As contas realizadas pela associação têm como base as taxas de juros anunciadas por bancos e lojas. Quando o governo informa mudanças na Selic, a Anefac calcula, de forma hipotética, o comportamento das taxas.
Algumas lojas ouvidas pela Folha ontem informaram que não devem alterar suas taxas de juros agora. A Arapuã disse que "ainda precisa aguardar a posição das financeiras que concedem crédito para a loja". Mas a probabilidade de queda é pequena. A Casas Bahia não mudará as taxas.
A economia para o bolso de consumidores e de empresas tem sido tímida porque os bancos e o varejo (que empresta dinheiro de financeiras para vender a prazo) afirmam ainda ter custos altos -especialmente o relacionado à inadimplência.


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