DE MADRI

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve conclamar os países desenvolvidos a avançarem nas negociações comerciais, permitindo maior acesso a seus mercados dos produtos de países em desenvolvimento, durante a reunião do G-8 (grupo dos sete países mais ricos, mais a Rússia), na França, no início de junho.
Segundo o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Otaviano Canuto, o Brasil está preocupado com os efeitos que a disputa entre a Europa e os Estados Unidos sobre questões políticas internacionais, como a reconstrução do Iraque, pode ter sobre os países em desenvolvimento.
"Existe a preocupação de que as divergências políticas entre americanos e europeus impeçam o avanço nas negociações comerciais na OMC [Organização Mundial do Comércio] e nos processos bilaterais", disse Canuto, que estava em Madri para participar de seminário sobre finanças internacionais, organizado pelo Ministério da Economia da Espanha.
Segundo ele, o discurso do presidente ainda não está fechado, mas deve insistir em avanços na área do comércio que criam alternativas de crescimento para os países em desenvolvimento.
A avaliação do governo é que a América Latina fez um enorme esforço de ajuste na última década, com controle da inflação e ordenamento das finanças públicas.


Texto Anterior: Comércio Exterior: Governo troca chefe da negociação da Alca
Próximo Texto: Opinião econômica: Hora de reduzir os juros
Índice