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São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Dólar fecha estável; Bovespa sobe, apesar da redução no saldo dos investimentos estrangeiros

Realização de lucros faz risco-país subir 5%

DA REPORTAGEM LOCAL

Os títulos da dívida brasileira passaram por um dia de forte realização de lucros. O C-Bond, principal papel da dívida externa, caiu 2,06% e o risco-país subiu 5,23%, para 744 pontos.
Mas a tranquilidade predominou ontem no mercado de câmbio e o dólar fechou estável, cotado a R$ 2,892. A desvalorização acumulada no ano é de 18,42%.
Para analistas, a divulgação de novas captações no exterior garante a entrada de dólares no curto prazo e faz com que os investidores não apostem na valorização da moeda norte-americana. Segundo eles, a alta do risco-país não passou de um movimento normal do mercado após cinco quedas consecutivas.
O banco Safra divulgou ontem que finalizou uma operação de US$ 85 milhões, com vencimento em maio de 2006. A instituição já conseguiu US$ 525 milhões no exterior desde o início do ano e essa é a captação mais longa feita por um banco em 2003.
O ABN Amro anunciou que iniciou uma operação de US$ 50 milhões com prazo de 14 meses, que será concluída nos próximos dias. Além das captações anunciadas ontem, na terça-feira o Itaú fechou uma operação de US$ 150 milhões e a Petrobras concluiu uma emissão de US$ 550 milhões.

Bovespa
Apesar da divulgação de que saíram da Bovespa R$ 53,2 milhões em recursos estrangeiros nos nove primeiros dias deste mês, o Ibovespa fechou com alta de 0,28%, aos 13.459 pontos. O volume transacionado foi de cerca de R$ 761,1 milhões.
Segundo analistas, como o saldo acumulado de recursos externos ainda é positivo em aproximadamente R$ 1,5 milhão, a queda nos últimos dias não preocupou os investidores.
Das dez ações mais negociadas ontem, quatro fecharam em alta. O destaque positivo foi a ação PN da Telesp Celular Participações, que subiu 2,75%.
Para a consultoria GlobalInvest, no curto prazo a Bovespa pode cair devido à realização de lucros. Mas a tendência continua sendo de alta devido à "perspectiva de queda dos juros e do baixo preço das ações brasileiras".
Segundo um relatório divulgado ontem pela empresa, na quinzena entre 24 de abril e 8 de maio o Ibovespa subiu 6,6% -a maior alta entre as principais Bolsas do mundo. (GEORGIA CARAPETKOV)


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