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MERCADO FINANCEIRO
Dólar fecha estável; Bovespa sobe, apesar da redução no saldo dos investimentos estrangeiros
Realização de lucros faz risco-país subir 5%
DA REPORTAGEM LOCAL
Os títulos da dívida brasileira
passaram por um dia de forte realização de lucros. O C-Bond, principal papel da dívida externa, caiu
2,06% e o risco-país subiu 5,23%,
para 744 pontos.
Mas a tranquilidade predominou ontem no mercado de câmbio e o dólar fechou estável, cotado a R$ 2,892. A desvalorização
acumulada no ano é de 18,42%.
Para analistas, a divulgação de
novas captações no exterior garante a entrada de dólares no curto prazo e faz com que os investidores não apostem na valorização
da moeda norte-americana. Segundo eles, a alta do risco-país
não passou de um movimento
normal do mercado após cinco
quedas consecutivas.
O banco Safra divulgou ontem
que finalizou uma operação de
US$ 85 milhões, com vencimento
em maio de 2006. A instituição já
conseguiu US$ 525 milhões no
exterior desde o início do ano e
essa é a captação mais longa feita
por um banco em 2003.
O ABN Amro anunciou que iniciou uma operação de US$ 50 milhões com prazo de 14 meses, que
será concluída nos próximos dias.
Além das captações anunciadas
ontem, na terça-feira o Itaú fechou uma operação de US$ 150
milhões e a Petrobras concluiu
uma emissão de US$ 550 milhões.
Bovespa
Apesar da divulgação de que
saíram da Bovespa R$ 53,2 milhões em recursos estrangeiros
nos nove primeiros dias deste
mês, o Ibovespa fechou com alta
de 0,28%, aos 13.459 pontos. O
volume transacionado foi de cerca de R$ 761,1 milhões.
Segundo analistas, como o saldo acumulado de recursos externos ainda é positivo em aproximadamente R$ 1,5 milhão, a queda nos últimos dias não preocupou os investidores.
Das dez ações mais negociadas
ontem, quatro fecharam em alta.
O destaque positivo foi a ação PN
da Telesp Celular Participações,
que subiu 2,75%.
Para a consultoria GlobalInvest,
no curto prazo a Bovespa pode
cair devido à realização de lucros.
Mas a tendência continua sendo
de alta devido à "perspectiva de
queda dos juros e do baixo preço
das ações brasileiras".
Segundo um relatório divulgado ontem pela empresa, na quinzena entre 24 de abril e 8 de maio
o Ibovespa subiu 6,6% -a maior
alta entre as principais Bolsas do
mundo.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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