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São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2003

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Saudades...
A safra cubana de açúcar, que já deveria ter terminado, deve se arrastar por mais algumas semanas. A infra-estrutura precária das usinas e as chuvas prolongadas postergaram o fim da safra. Estimativas não-oficiais dizem que a produção poderá cair para 2 milhões de toneladas -o menor volume desde o início do século passado.

...dos bons tempos
No final da década de 80, Cuba produzia 8 milhões de toneladas de açúcar. Para reativar esse importante setor, os cubanos querem incentivar a presença dos usineiros brasileiros no país. Se os brasileiros, campeões de produtividade, assumissem algumas indústrias, a produção cubana voltaria a deslanchar, acreditam.

Estoques baixos de trigo
Os estoques mundiais de trigo estão 21 milhões de toneladas inferiores neste ano, devido à quebra de safra nos principais países produtores. Essa queda, no entanto, não deverá pressionar os preços mundiais porque já estão elevados, o que vai permitir uma área maior no plantio desse cereal.

Bem posicionados
Lawrence Pih, do moinho Pacífico, diz que a queda dos estoques não preocupa muito porque eles estão na mãos dos exportadores -pior seria se já estivessem nas mãos dos importadores. A indústria brasileira, portanto, sabe onde buscar o produto, acrescenta Pih.

Redução no álcool
Quem esteve ontem na reunião na Assembléia Legislativa, que discutiu a redução de 25% para 12% na alíquota do ICMS sobre o álcool hidratado, ficou convencido de que a lei será aprovada.

Momentos de sossego
As coisas se acalmaram um pouco no mercado de arroz. Os preços continuam elevados para um período de safra, mas estacionaram nos R$ 35 por saca do produto em casca no Sul. Esse valor está abaixo dos R$ 38 a R$ 40 por saca esperados pelos produtores.

Dívidas e ameaças
As ameaças do governo de retirar as alíquotas de importação e o vencimento de dívidas de alguns produtores permitiram uma oferta melhor do produto no Sul. O varejo, no entanto, com estoques para dez dias, ainda está retraído, diz o analista Romeu Fiod.

Opções de milho
As cooperativas estão repassando os contratos de opção de milho, adquiridos no leilão da Conab, para os produtores. O produtor paga o prêmio de R$ 0,76 por saca, mais 10% para as cooperativas cobrirem os custos de armazenagem e de secagem do produto.

Preço líquido
Isso significa que o produtor que exercer a opção vai receber preço líquido de R$ 16,80 a R$ 17 por saca. Se o produtor não exercer a opção, recebe o "preço de lousa" fixado pela cooperativa.

Leilão de café

O governo lançará contratos de opção para 3 milhões de sacas -2,2 milhões do tipo arábica e 800 mil de robusta. O preço de exercício para setembro foi fixado em R$ 190 a saca para o tipo arábica e R$ 104 para o robusta. Os preços para exercício em novembro são de R$ 195 (arábica) e R$ 107 (robusta). Serão três leilões, nos dias 11, 18 e 25 do próximo mês.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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