DA REPORTAGEM LOCAL

O Copom (Comitê de Política Monetária) brasileiro deverá manter a taxa de juros no patamar atual, de 18,5% ao ano, na sua próxima reunião, na quarta-feira. Segundo economistas, isso será um efeito direto da turbulência dos últimos dias nos mercados de câmbio e de títulos causada por incertezas em relação às eleições presidenciais de outubro.
Dos 20 economistas entrevistados pela agência de notícias inglesa Reuters, 14 dizem acreditar que o Banco Central não deverá mexer na taxa de juros. Ainda assim, alguns deles admitiram que, caso o mercado se acalme após as medidas que o governo vem tomando, o BC pode até optar por um pequeno corte na taxa.
Os outros economistas dizem que, por causa da baixa na inflação nas últimas semanas, o BC deverá cortar a taxa entre 0,25 ponto percentual e 0,5 ponto percentual.
"Do ponto de vista da inflação, é possível cortar, mas dado o nervosismo do mercado, o BC deveria manter suas taxas", disse o economista-chefe do Santander, Andre Loes. "Mas, se o o dólar chegar a R$ 2,60 na próxima semana, eles devem cortar [a taxa"."