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São Paulo, domingo, 15 de junho de 2003

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Apesar da crise, curso de inglês atrai pela busca de especialização

DA REPORTAGEM LOCAL

De olho no mercado de trabalho, a classe média de menor poder aquisitivo vem estudando mais inglês de 98 para cá: o aumento no país foi de 11,68% de 98 a 2002, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos-Marplan.
De acordo com especialistas, o crescimento nesse período é explicado principalmente pela crise no mercado de trabalho, que gera necessidade de especialização.
Apesar desse movimento, de 2000 para cá a intensificação da crise econômica determinou queda de alunos matriculados em escolas de idioma em São Paulo.
Segundo pesquisa da Associação de Escolas Independentes de Idiomas, que ouviu 88 escolas da capital, a retração foi de 15% no número de alunos matriculados no ano passado em relação a 2001.
No primeiro trimestre deste ano, houve uma recuperação de 6% em relação ao mesmo período de 2002, mas a quantidade de alunos não voltou até agora aos mesmos níveis do ano retrasado.
As grandes redes de idiomas, que têm franquias espalhadas por todo o país, afirmam sentir queda na demanda no caso de alunos de menor faixa etária.
"A procura é grande no caso do jovem profissional, que quer se especializar para conseguir emprego. Mas há recessão no caso das crianças, já que os pais retardam o ingresso delas no inglês na esperança de que a crise passe", diz o gerente sênior de marketing da Yázigi , Claudio Tieghi.
Para ganhar alunos, muitas redes de escolas vem entrando no ramo de terceirização de idioma no ensino regular.
Traduzindo: escolas como Yázigi, Cultura Inglesa e Seven, entre outras, fecham contrato com colégios particulares para que um ensino de idiomas com a marca dessas redes seja oferecido dentro da grade curricular.
Os pais, que cortam a aula de inglês ou espanhol dos gastos mensais, agradecem.
"De alguns anos para cá, temos tomado atitudes no sentido de aliviar a carga de valores cada vez maior que pesa nos ombros dos pais", relata Ciro de Figueiredo, diretor geral do Colégio Friburgo, na Granja Julieta (zona sul da capital), que tem parceria com a Cultura Inglesa.
(MP)


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