São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 2008

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Vendas da AmBev sobem, mas lucro cai

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de as vendas da AmBev terem crescido 4,7%, atingindo R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre de 2008, o lucro líquido caiu 10,4% no período, em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Os motivos, no entanto, não foram as pressões causadas pelos aumentos de insumos, e sim razões contábeis.
Segundo Michael Findlay, gerente de relações com investidores, a queda aconteceu por conta de amortizações das compras de Quinsa e Labatt e de receitas não-recorrentes de 2007, provenientes de provisões de contingenciamento de impostos que foram liberadas.
"Nossos contratos de compra são negociados anualmente", diz Findlay. "Sofremos o impacto do aumento das commodities, mas a perda de rentabilidade é minimizada por esse hedge [proteção]."
A AmBev espera um segundo semestre de 2008 semelhante aos primeiros seis meses do ano, quando suas vendas em volume aumentaram 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
No período, o lucro operacional antes de impostos, juros e depreciação aumentou 7,4%. "O segundo semestre será de crescimento, porém não exacerbado", diz Findlay.
De acordo com ele, a AmBev ainda não sentiu grande perda de vendas por causa da lei seca, implantada há quase dois meses. Apesar de 70% de sua receita ser proveniente de bares e restaurantes, o impacto foi pequeno pelo fato de que 90% deles ficam perto das casas dos consumidores.
De todo modo, a empresa acaba de lançar a Skol Litrão, de olho no consumidor que quer beber cerveja em casa. Primeira marca a ser vendida em embalagem retornável de um litro, a Skol Litrão custa menos. Nas cidades onde está sendo testada, o litro sai por R$ 3,99 na primeira compra e R$ 2,99 no retorno da garrafa. Ela chegará ao resto do país até o fim do ano.


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