da Sucursal do Rio

O laboratório britânico Glaxo Wellcome inaugura no final do próximo ano no Rio a maior fábrica de produtos farmacêuticos da América Latina, com investimentos totais de US$ 150 milhões.
O anúncio foi feito pelo presidente mundial da empresa, Richard Sykes. Ele está no Rio presidindo a primeira reunião do comitê executivo do laboratório realizada na América Latina.
De acordo com o diretor-regional para a América Latina do Glaxo Wellcome, Jorge Raimundo, o objetivo do laboratório é alcançar em cinco anos uma participação de 5% no mercado brasileiro de remédios, passando do atual nono lugar para um dos três primeiros no ranking da indústria farmacêutica no Brasil.
Atualmente, o Glaxo Wellcome, tradicional fabricante de remédios para doenças como Aids, asma e úlcera, detém apenas 2,9% do mercado brasileiro, com um faturamento anual de US$ 200 milhões.
O Glaxo Wellcome é o maior laboratório farmacêutico do mundo, com 5% do mercado total e um faturamento anual de US$ 13 bilhões. Somente em atividades de pesquisa e desenvolvimento o laboratório investe cerca de US$ 2 bilhões por ano.
A participação total do Brasil nas vendas totais da empresa é de aproximadamente 1,2%, mas está crescendo a um ritmo de 30% ao ano, contra um crescimento de 8% da média mundial.
Na América Latina, segundo Jorge Raimundo, o crescimento anual da participação do laboratório é de 26%. Ele disse que a meta do Glaxo é saltar da atual participação de 4% na América Latina para de 7% a 8% "na virada do século".
Sykes elogiou a nova Lei de Patentes brasileira, afirmando que, no geral, ela é muito boa, embora ainda esteja em fase de implementação.
O problema das patentes foi no passado o principal ponto de divergências entre o governo brasileiro e a indústria farmacêutica internacional.
(CHICO SANTOS)


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