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PREÇOS
1ª prévia mostra alta de 0,25%
IGP-M tem inflação após 5 meses de queda
JANAINA LAGE
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A inflação medida pelo IGP-M
(Índice Geral de Preços ao Mercado) registrou alta de 0,25% na primeira prévia de outubro após um
período de cinco meses de queda
de preços. Na primeira parcial de
setembro, o indicador havia registrado deflação de 0,56%. Segundo a FGV, os combustíveis foram os principais responsáveis
pelo fim das taxas negativas.
O movimento de aceleração foi
generalizado e atingiu atacado,
varejo e construção. O resultado
confirma os prognósticos de que
o ciclo de deflações, motivado pela taxa de câmbio e pelo comportamento de produtos agrícolas,
chegou ao fim.
"O IGP-M de outubro vai voltar
para o campo positivo, mas a taxa
do mês será provavelmente maior
do que a de novembro e dezembro", afirmou o coordenador de
Análises Econômicas da FGV
(Fundação Getulio Vargas), Salomão Quadros. Segundo ele, a taxa
de outubro está "carregada de
efeitos transitórios", como a alta
dos combustíveis.
A pressão dos combustíveis
partiu não só dos preços administrados, como gasolina e álcool,
que tiveram reajuste anunciado
no mês passado, como também
dos produtos que acompanham a
cotação do mercado internacional, como o querosene de aviação.
"Com o conjunto de alta desses
produtos, é possível explicar praticamente toda a aceleração do índice. O fim da deflação é um processo gradativo que foi acelerado
pelo choque dos combustíveis",
afirmou Quadros.
Apesar de a alta dos preços estar
de volta, o IGP-M, índice usado
no reajuste da maioria dos contratos de aluguel e nas tarifas de
energia elétrica, acumula alta no
ano de 0,46%, e, nos últimos 12
meses, de 2,03%.
Os preços no atacado passaram
de -0,73% na primeira prévia de
setembro para 0,25%. Os bens finais (acabados) registraram alta
de 0,22% na primeira parcial de
outubro, influenciados pela aceleração dos alimentos "in natura",
que tiveram sua taxa elevada de
-9,52% para -2,46%. Os insumos
industriais apuraram alta de
0,88%, ante taxa negativa de
0,06% na primeira prévia de setembro.
As matérias-primas brutas registraram taxa negativa de 0,97%,
mas no mês anterior a queda dos
preços havia sido mais intensa,
com um recuo de 1,45%. Os itens
que contribuíram para o movimento foram aipim (26,47%), bovinos (0,19%) e tomate (5,71%).
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