|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BEBIDAS
Com a campanha da Nova Schin, empresa conquista 14,1% do mercado
Cerveja Schincariol assume 2º lugar
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Levantamento divulgado ontem mostra que, de forma pioneira, o grupo Schincariol, dono da
Nova Schin -a cerveja do "Experimenta"-, assumiu a segunda
colocação no ranking das maiores
empresas do país no setor. Isso
ocorre pouco mais de dois meses
depois do lançamento da nova
campanha do grupo.
Se em setembro a empresa tinha
11,5% das vendas de cerveja pilsen
no Brasil, em volume, em outubro
a taxa passou para 14,1%, um ganho de 2,6 pontos. A empresa superou a canadense Molson, que
tem 11,9%.
Cada ponto equivale a uma receita próxima de R$ 80 milhões. A
Nova Schin, que já veiculou quatro diferentes peças publicitárias
na TV -e que manterá o comercial do "Experimenta" até 31 de
dezembro-, passou de 11,4% para 14,2% de participação.
Nessa análise, é levada em conta
apenas a venda da cerveja pilsen
(garrafa 600 ml). Os dados fazem
parte de um levantamento da AC
Nielsen, instituto de pesquisas.
Outros grupos reduziram o seu
tamanho nesse segmento. Em outubro, a AmBev, que controla as
marcas Skol, Brahma e Antarctica, perdeu mercado. Em setembro de 2002, o grupo era dono de
pouco mais 70% das vendas.
A taxa caiu para 66,1% um ano
depois, em setembro de 2003. No
mês passado, a participação recuou para 63,8%.
A Skol, a marca líder do segmento de cervejas no país, perdeu
um ponto de participação (chamado "market share") em um
mês e passou a responder por
29% das vendas do produto. Há
um ano, a marca tinha cerca de
32% do mercado.
A Antarctica teve também uma
perda, mais tímida, de 0,2 ponto
de setembro para outubro.
A Molson, representada pelas
marcas Kaiser, Bavaria e Heineken, voltou a encolher. A Kaiser,
por exemplo -que enfrenta um
período de reestruturação com
corte de custos-, tinha 7,3% do
mercado em setembro e caiu para
7% no último mês.
Na avaliação das líderes de mercado, a expansão da Schincariol,
com a Nova Schin, é natural. A
AmBev havia informado, por
meio de sua direção, na semana
passada, que é "comum que grandes investimentos de marketing
resultem em ganhos de participação de mercado".
Mas a questão está em obter retorno financeiro -manter margem de lucro e rentabilidade-
durante esse período.
O grupo Schin está gastando R$
140 milhões em marketing, o dobro do valor aplicado em anos anteriores. A AmBev gasta, em média, de R$ 350 milhões a R$ 400
milhões anualmente.
Para analistas, o fato de a Schincariol cobrar preços inferiores em
relação aos de marcas líderes
-num momento de renda minguada e, portanto, mudança no
comportamento de compra-
ajuda no processo de expansão da
sua nova marca.
Texto Anterior: Aviação: Queda em encomendas afeta lucro da Embraer Próximo Texto: Efeito dólar: Câmbio estável aumenta viagens ao exterior Índice
|