São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 1999

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Senadores discutem concurso de redação

da Sucursal de Brasília

O nervosismo provocado pela liberação do câmbio e pela nova desvalorização do real em relação ao dólar não chegou ontem ao Senado Federal. Na sessão, nenhum senador falou sobre os últimos acontecimentos.
Edison Lobão (PFL-MA) disse que o Senado não refletiu a tensão do mercado porque as notícias não haviam chegado ao plenário na hora da sessão.
Emília Fernandes (PDT-RS) anunciou que os vencedores do concurso de monografia sobre os 50 anos do Estado de Israel receberão seus prêmios no dia 17 de março, das mãos do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Quando teve a palavra, Marluce Pinto (PMDB-RR) criticou a demarcação da área indígena Raposa Serra do Sol, em seu Estado.
José Alves (PFL-SE) pediu revisão dos tributos do setor agrícola. Joel de Hollanda (PFL-PE) cobrou medidas efetivas de combate ao trabalho infantil.
Na sua vez, Júlio Campos (PFL-MT) acusou o governador do seu Estado, Dante de Oliveira, de ter cometido crimes eleitorais e criticou o princípio da reeleição.
A exceção ficou por conta de Paulo Guerra (PMDB-AP) e de Artur da Távola (PSDB-RJ) que, mesmo sem refletir qualquer apreensão ou citar os acontecimentos do dia, falaram sobre "crise".
Guerra disse que está havendo no país uma "crise do sistema federativo" e defendeu novo relacionamento entre Estados e União.
Távola criticou o comportamento das oposições que, segundo ele, não estão "à altura da crise".
Em seu discurso, o tucano dividiu os oposicionistas em quatro categorias: "os ideólogos, os alternativos, os exibicionistas e os debochados".
Em resposta, Lauro Campos (PT-DF) classificou o governo de "autoritário, globalizante, petulante, desenvolvimentista imaginário e de uma ingovernabilidade crescente".
E Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) disse que "quem não está à altura da crise é o governo Fernando Henrique Cardoso, que não teve competência para evitar os problemas".



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