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Senadores discutem concurso de redação
da Sucursal de Brasília
O nervosismo provocado pela liberação do câmbio e pela nova
desvalorização do real em relação
ao dólar não chegou ontem ao Senado Federal. Na sessão, nenhum
senador falou sobre os últimos
acontecimentos.
Edison Lobão (PFL-MA) disse
que o Senado não refletiu a tensão
do mercado porque as notícias não
haviam chegado ao plenário na hora da sessão.
Emília Fernandes (PDT-RS)
anunciou que os vencedores do
concurso de monografia sobre os
50 anos do Estado de Israel receberão seus prêmios no dia 17 de março, das mãos do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA).
Quando teve a palavra, Marluce
Pinto (PMDB-RR) criticou a demarcação da área indígena Raposa
Serra do Sol, em seu Estado.
José Alves (PFL-SE) pediu revisão dos tributos do setor agrícola.
Joel de Hollanda (PFL-PE) cobrou
medidas efetivas de combate ao
trabalho infantil.
Na sua vez, Júlio Campos (PFL-MT) acusou o governador do seu
Estado, Dante de Oliveira, de ter
cometido crimes eleitorais e criticou o princípio da reeleição.
A exceção ficou por conta de
Paulo Guerra (PMDB-AP) e de Artur da Távola (PSDB-RJ) que, mesmo sem refletir qualquer apreensão ou citar os acontecimentos do
dia, falaram sobre "crise".
Guerra disse que está havendo
no país uma "crise do sistema federativo" e defendeu novo relacionamento entre Estados e União.
Távola criticou o comportamento das oposições que, segundo ele,
não estão "à altura da crise".
Em seu discurso, o tucano dividiu os oposicionistas em quatro
categorias: "os ideólogos, os alternativos, os exibicionistas e os debochados".
Em resposta, Lauro Campos
(PT-DF) classificou o governo de
"autoritário, globalizante, petulante, desenvolvimentista imaginário e de uma ingovernabilidade
crescente".
E Antonio Carlos Valadares
(PSB-SE) disse que "quem não está
à altura da crise é o governo Fernando Henrique Cardoso, que não
teve competência para evitar os
problemas".
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