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Economista diz que MP "corrige distorções"
DA REPORTAGEM LOCAL
O economista e professor
da Unicamp Marcio Pochmann sustenta que um dos
objetivos da MP 232 é "corrigir distorções" presentes hoje na área do trabalho.
Segundo Pochmann, a MP
"estabelece um patamar menor de injustiça tributária",
já que muitos ex-contratados formais de firmas hoje
pagam menos impostos trabalhando como empresas
(os chamados terceirizados).
"Em um ambiente competitivo empresarial, as empresas com mais terceirizados
têm hoje uma vantagem
maior sobre as que não
têm", diz o economista.
Pochmann questiona, porém, o fato de o governo estar tentando nivelar a isonomia tributária "de baixo para cima". "A alternativa seria
diminuir o peso da carga tributária sobre os contratados
formais, e não aumentar sobre os que não o são", diz.
Do ponto de vista do governo, são dois os principais
argumentos a favor da MP
232. Primeiro, que é preciso
compensar a perda de arrecadação com a correção, em
10%, da tabela do Imposto
de Renda da pessoa física e
das deduções.
Depois, que a MP visa corrigir uma distorção que favorece segmentos da parcela
mais rica da população, os
profissionais liberais que,
em muitos casos, recolhem
impostos atuando como
pessoas jurídicas.
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