São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice O VAIVÉM DAS COMMODITIES Estouro da boiada Na primeira quinzena deste mês, a BM&F negociou 7.248 contratos de boi gordo, 92% a mais do que em igual período de 2004. Operadores do mercado estão surpresos com os números. Acreditavam que a tecnologia de gerenciamento de riscos de preços chegaria antes a produtos como o milho, vizinho da cadeia da soja -velha usuária dos derivativos. Atuação dos exportadores Uma das interpretações para o maior uso dos contratos futuros é a atuação de exportadores de carne, que fecham contratos a termo com pecuaristas e cobrem o risco da flutuação (volatilidade) dos preços na Bolsa, numa estratégia combinada também com a cobertura da flutuação da taxa cambial através de contratos futuros de dólar ou de FRA (modalidade que permite fixar o valor efetivo do dólar futuro). Elos da cadeia Com isso, o operador internacional amarra todos os elos da cadeia da carne, da produção à exportação. Mas as operações não se restringem a exportadores. Pelo menos 51% das posições vendedoras nos contratos abertos na BM&F pertencem a pessoas físicas. Isso mostra que o pecuarista também aprende o caminho das pedras nessas negociações. Carne na brasa O assunto carne, devido aos preços baixos recebidos pelos pecuaristas, vai esquentar nos dias 8 e 9 de março no leilão promovido pelo senador Jonas Pinheiros, em Cuiabá (MT), com a presença do ministro Roberto Rodrigues. No mesmo evento, a BM&F promove seminário sobre o papel dos mercados futuros na garantia de margem para os produtores. Nos bancos da escola No momento em que o café brasileiro começa a ganhar mais importância e a trazer mais divisas, o produto vai para os bancos da FEA/USP, que tem convênio com a Unilly, a primeira universidade para estudos do café no Brasil. Perspectivas internacionais, qualidade das lavouras e outros aspectos serão temas do curso, que ocorre na FEA no próximo mês. A vez do Paraná O clima seco e quente no Paraná provoca deficiência hídrica e afeta as culturas da soja (que está na fase de enchimento de grãos) e do milho (que teve plantio tardio). A análise é de Dirlei Antonio Manfio, técnico do Deral. Banco veterinário O Sindan coloca à disposição de profissionais ligados à saúde animal um banco de dados com 2.000 produtos e 74 laboratórios. O endereço é www.cpvs.com.br. A expansão continua As receitas com as exportações de carne de frango somaram US$ 199 milhões no mês passado, 21% a mais do que em janeiro de 2004. O volume exportado subiu para 187 mil toneladas, com avanço de 17%, segundo a Abef. Brasil atrai Mais uma empresa se vê atraída pela expansão do agronegócio brasileiro. Executivos da italiana Isagro, especializada em defensivos agrícolas, vêm ao Brasil na próxima semana para estudar a possibilidade de expansão dos negócios do grupo por aqui. O Brasil já tem grande importância no faturamento da corporação. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: BC eleva poder de fogo para dar força ao dólar Próximo Texto: Entrevista: CVC cresce 20% e investe US$ 25 mi em navio Índice

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