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BARRIL DE PÓLVORA
Alta apaga queda de 6% registrada sexta-feira após o golpe
Reviravolta na Venezuela faz petróleo disparar 4,7%
DA REDAÇÃO
O retorno de Hugo Chávez ao
poder na Venezuela empurrou as
cotações do petróleo novamente
para cima. Na sexta-feira, a deposição de Chávez havia derrubado
o barril em 6% em Nova York -o
maior recuo em cinco meses.
Na Bolsa de Mercadorias de Nova York, o preço do barril aumentou 4,69% ontem, subindo para
US$ 24,57. Na Bolsa Internacional
do Petróleo, em Londres, o barril
e encerrou o dia cotado a US$
24,70, com valorização de 1,7%.
Mesmo com a alta de ontem, as
cotações estão cerca de 12% abaixo dos picos de alta registrados há
duas semanas, quando os preços
ultrapassaram US$ 28 e foram aos
maiores níveis desde setembro do
ano passado. Antes da crise venezuelana, a tensão no Oriente Médio havia pressionado os preços
no mercado internacional.
Desde que Chávez assumiu a
Presidência venezuelana, em
1998, o país tem sido um dos
membros da Opep (Organização
do Países Exportadores de Petróleo) que mais respeitam as cotas
de produção definidas pelo cartel.
A queda de Chávez criara a expectativa de que cresceria a oferta do
país. A saída também havia encerrado a greve na PDVSA (Petróleos
de Venezuela), a estatal petrolífera do país.
A Venezuela está em quarto lugar no ranking dos maiores exportadores mundiais de petróleo.
Dono das maiores reservas conhecidas no hemisfério Sul, o país
é responsável por 7% do óleo consumido pelos norte-americanos.
Até a semana passada, funcionários da estatal estavam em greve, o que comprometeu mais da
metade da produção da companhia. A paralisação, política, era
motivada por mudanças administrativas feitas por Chávez na
PDVSA. A atividade voltou ao
normal, mas ainda é incerto o que
ocorrerá daqui para frente, com a
volta do presidente.
Chávez tentou tranquilizar os
norte-americanos ontem e disse
que as vendas ao país não serão
afetadas. "Garanto aos EUA, nosso principal comprador, que continuaremos a enviar mais de 1 milhão de barris por dia", disse.
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