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AVIAÇÃO
Redução demais prejudica empresas, diz analista
Promoção da Gol na internet corta passagem aérea SP-RJ para R$ 98
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
A disputa das companhias aéreas pelo mercado da ponte aérea
-rota Congonhas-Santos Dumont- se acirra a cada dia que
passa. A Gol, que já tinha provocado um abalo nesse segmento ao
estrear dia 17 de março com uma
tarifa de ida de R$ 128, contra os
R$ 279 cobrados pela TAM, reduziu ontem em 23,4% o preço. Passou a cobrar R$ 98 para quem comprar o bilhete pela internet.
Até mesmo a Vasp, que evitou
durante semanas entrar nessa disputa entre as empresas aéreas,
não resistiu às pressões do mercado. A companhia reduziu ontem
o valor da sua passagem em 13%.
Seu bilhete custa hoje R$ 120, em
comparação com os R$ 138 cobrados anteriormente.
"O motivo da redução dos preços é um só: existe excesso de
oferta de assentos na ponte aérea", declarou ontem à Folha José
Carlos Mello, vice-presidente da
Gol. O executivo garantiu, no entanto, que a Gol não será prejudicada com a adoção da estratégia.
"Nossa meta é aumentar a taxa de
ocupação dos assentos dos aviões
de cerca de 50% para 60%".
Para um analista do setor, no
entanto, a estratégia de redução
drástica dos preços será prejudicial para todas as companhias, caso permaneça a médio e longo
prazos. Isso porque o aumento de
passageiros não compensaria a
redução média de 31,5% adotada
pelas empresas na rota Congonhas-Santos Dumont, considerado a mais importante da aviação.
A entrada da Gol na ponte aérea
provocou grandes estragos nas
outras companhias, segundo
George Ermakoff, presidente do
Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias). A taxa de
ocupação de empresas como a
Rio Sul, segundo ele, caiu de cerca
de 55% para 45%.
Além de cortar o preço na rota
Congonhas-Santos Dumont (no
balcão, foi de R$ 128 para R$ 108),
a Gol reduziu também a passagem de ida da rota Congonhas-Galeão (aeroporto internacional), que caiu de R$ 96 para R$ 77.
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