DA FOLHA ONLINE

A fiscalização da Receita Federal cobrou U$ 6,03 bilhões referentes a impostos atrasados, multas e juros no primeiro trimestre deste ano. Foi um aumento de 59,9% em relação ao valor cobrado no mesmo do ano passado, que ficou em R$ 3,77 bilhões.
Nos três primeiros meses deste ano foram realizadas 7.747 ações de fiscalização, disse o coordenador-geral de fiscalização da Receita, Paulo Ricardo de Souza Cardoso. Historicamente, afirmou ele, cerca de 60% dessas autuações resultam em pagamento, pedido de parcelamento ou cobrança da dívida na Justiça.
Do total cobrado, R$ 5,556 bilhões são referentes a débitos de pessoas jurídicas, num total de 5.896 contribuintes investigados. O setor da indústria é o campeão em valor de autuação, com R$ 1,922 bilhão. A seguir, vêm o comércio, com R$ 927,731 milhões, e as instituições financeiras, com R$ 806,291 milhões.
No setor de construção civil, foram feitas 75 ações fiscais no primeiro trimestre deste ano, que resultaram em autuações no valor de R$ 172,463 milhões.
Cardoso disse que "os números ainda são tímidos" e a expectativa é que o volume aumente nos próximos meses, com a conclusão de outros trabalhos de investigação.
O foco da fiscalização da Receita Federal neste ano são empresas de construção civil, indústria de embalagens, de fumo e bebidas, metal mecânica e frigoríficos.
No caso das pessoas físicas, as ações da Receita estão concentradas nos compradores de imóveis, profissionais liberais e produtores pecuaristas.
As autuações às pessoas físicas somaram R$ 473,140 milhões. Desse total, R$ 170,308 milhões foram de proprietários e dirigentes de empresas; R$ 89,687 milhões de profissionais liberais e autônomos; e R$ 37,703 milhões de profissionais de ensino.
(SANDRA MANFRINI)


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