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Palocci pede voto de confiança a estrangeiros
DO ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK
E DE NOVA YORK
Depois de passar por Washington e completar uma agenda com
encontros com banqueiros de Wall Street, em Nova York, o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) fez um apelo ontem, a
uma platéia repleta de economistas e investidores estrangeiros,
para que "confiem no Brasil".
Como argumento, o ministro assegurou-lhes que a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não iria adotar nenhuma "invencionice" na economia,
como foi feito no passado. O discurso de Palocci foi bem recebido
pelos investidores. Em alguns momentos, ele conseguiu tirar risos da platéia, que aprovou seu bom humor.
"Nossa equipe econômica procurou, antes de tomar qualquer
decisão, estudar a história do Brasil. E a história do Brasil é riquíssima em "invencionices" econômicas. Nunca se inventaram tantos
planos econômicos como no Estado brasileiro", disse ele.
Segundo o ministro, os erros do passado, que provocaram prejuízos para a economia, facilitam hoje, contudo, o trabalho de sua
equipe. "Eu tenho dito no Brasil e repito aqui para vocês que eu gostaria só de cometer erros novos. Porque cometer os mesmo erros do passado não seria justo com o Brasil, não seria justo com a nossa economia, não seria justo com as
pessoas."
Criatividade
"Por isso, nós estudamos cada
momento da economia, os momentos de alta inflação, os momentos de rompimento de contratos, os momentos de equilíbrio
sem crescimento, os momentos
de crescimento sem distribuição
de renda, os momentos de distribuição de renda sem crescimento.
Tudo isso o Brasil já fez. É a maior criatividade na história econômica do mundo", completou.
Em seguida, pediu o voto de confiança. "Portanto eu quero dizer a vocês: confiem no país, confiem no trabalho que está sendo feito, porque o Brasil é um país de
economia forte e que reage positivamente, que investe, que se desenvolve. O Brasil só não pode ter uma surpresa a cada mês, porque
aí não há investidor que suporte, não há empresa que sobreviva."
O ministro participou de um seminário promovido pelo Câmara
de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York, sobre o Brasil. Seu discurso foi o mais importante do evento.
(LEONARDO SOUZA E ROBERTO DIAS)
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