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PETRÓLEO
Banco põe à disposição da estatal o equivalente a US$ 1,2 bi para contratar a produção de componentes no país
BNDES financiará plataformas da Petrobras
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) colocou à disposição da
Petrobras o equivalente a US$ 1,2
bilhão (cerca de R$ 3,7 bilhões)
para financiar a contratação, no
Brasil, de componentes para as
plataformas de produção de petróleo P-51 e P-52. É a maior
quantia já posta à disposição pelo
banco estatal para financiar equipamentos à indústria do petróleo.
As duas licitações estão em andamento e a abertura dos envelopes está prevista para o próximo
dia 28. O objetivo do BNDES é dar
condições financeiras aos fabricantes brasileiros para que eles
possam produzir os equipamentos a custos competitivos com os
dos concorrentes internacionais.
O financiamento será dado à
Petrobras, por intermédio da sua
subsidiária Petrobras Netherlands B.V., com sede na Holanda,
a empresa responsável pela compra das plataformas, fazendo com
que a operação seja um financiamento a exportações.
O superintendente da área de
exportações do BNDES, Ernâni
Torres, disse que o financiamento
à Petrobras, para que ela repasse
aos construtores brasileiros, dará
melhores condições de garantia
ao banco. Torres disse que as condições de financiamento só poderão ser divulgadas após a definição da disputa, para não prejudicar os concorrentes brasileiros.
A atual direção do BNDES vem
concentrando esforços para reativar a construção naval do país.
O presidente do BNDES, Carlos
Lessa, anunciou que o banco deverá assinar, nos próximos meses,
contratos de financiamento para
a construção de navios e de barcos de apoio à indústria do petróleo em valores totais acima de
US$ 400 milhões (cerca de R$ 1,23
bilhão).
Para a construção de plataformas, a maior soma já oferecida foi
de US$ 760 milhões, para os equipamentos de produção dos campos de Barracuda e Caratinga,
ambos na bacia de Campos (RJ).
As licitações das plataformas foram refeitas no atual governo para aumentar o índice de componentes nacionais nas duas unidades (o mínimo será de 60%).
Mas uma das principais reivindicações feitas pelas lideranças
petistas na época da eleição presidencial -a construção dos cascos das plataformas no país- dificilmente será concretizada.
O presidente do Sinaval (sindicato nacional da indústria naval),
Ariovaldo Rocha, afirmou que os
recursos emprestados pelo
BNDES são suficientes para financiar 60% das obras.
Colaborou Pedro Soares, da Sucursal do Rio
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