São Paulo, quinta-feira, 16 de abril de 2009

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POUPANÇA


Governo apoia bancos em ações sobre planos econômicos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Assim como o Banco Central, o Ministério da Fazenda está a favor dos bancos no processo dos clientes que pedem o pagamento de correção monetária da poupança em cinco planos econômicos: Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e Plano Collor 2.
Ontem, o ministro Guido Mantega (Fazenda) saiu em defesa dos bancos, contra os poupadores, e disse que o governo vai se empenhar em ajudá-los nesta questão.
"As ações que reivindicam correções sobre planos econômicos não têm razão de ser. Os bancos não se apropriaram de nada. Isso cria esqueletos que são pagos até hoje", disse Mantega, em audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir a crise econômica.
A estimativa do setor bancário é que vão desembolsar R$ 170 bilhões se tiverem que pagar as correções, caso percam as 550 mil ações que hoje correm na Justiça. Para evitar o rombo, os bancos entraram no STF (Supremo Tribunal Federal) com uma ação pedindo a suspensão do pagamento.
Na semana passada, o Banco Central aderiu a essa ação em defesa dos bancos, como antecipou a Folha. Como não faz parte do processo, a autoridade monetária participa apenas como parte interessada ou, no jargão jurídico, "amicus curiae".
O BC justificou que entrou no processo a favor dos bancos para defender os interesses do governo federal. Muitas das ações dos poupadores pedindo a correção monetária são contra o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. "O Banco Central vai agir em defesa dos interesses da União e dos bancos públicos", informou a assessoria do Banco Central.


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