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POUPANÇA
Governo apoia bancos em ações sobre planos econômicos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Assim como o Banco Central, o Ministério da Fazenda
está a favor dos bancos no
processo dos clientes que pedem o pagamento de correção monetária da poupança
em cinco planos econômicos: Cruzado, Bresser, Verão,
Collor 1 e Plano Collor 2.
Ontem, o ministro Guido
Mantega (Fazenda) saiu em
defesa dos bancos, contra os
poupadores, e disse que o governo vai se empenhar em
ajudá-los nesta questão.
"As ações que reivindicam
correções sobre planos econômicos não têm razão de
ser. Os bancos não se apropriaram de nada. Isso cria esqueletos que são pagos até
hoje", disse Mantega, em audiência pública na Câmara
dos Deputados para discutir
a crise econômica.
A estimativa do setor bancário é que vão desembolsar
R$ 170 bilhões se tiverem
que pagar as correções, caso
percam as 550 mil ações que
hoje correm na Justiça. Para
evitar o rombo, os bancos entraram no STF (Supremo
Tribunal Federal) com uma
ação pedindo a suspensão do
pagamento.
Na semana passada, o Banco Central aderiu a essa ação
em defesa dos bancos, como
antecipou a Folha. Como
não faz parte do processo, a
autoridade monetária participa apenas como parte interessada ou, no jargão jurídico, "amicus curiae".
O BC justificou que entrou
no processo a favor dos bancos para defender os interesses do governo federal. Muitas das ações dos poupadores
pedindo a correção monetária são contra o Banco do
Brasil e a Caixa Econômica
Federal. "O Banco Central
vai agir em defesa dos interesses da União e dos bancos
públicos", informou a assessoria do Banco Central.
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