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EXUBERÂNCIA
Indicador industrial sobe em agosto e põe desaquecimento em dúvida
Inflação cai nos EUA pela primeira vez em 14 anos
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Os preços ao consumidor
-uma medida de inflação-
apresentaram queda em agosto
nos Estados Unidos, no primeiro
recuo registrado em 14 anos, segundo dados divulgados pelo governo. A queda do preço da gasolina compensou os aumentos nos
custos com assistência médica,
vestuário e alimentação.
O índice de preços ao consumidor recuou 0,1% em agosto. Essa
foi sua primeira queda desde
1986, segundo o Departamento de
Trabalho. Em julho, o índice havia registrado alta de 0,2%.
O núcleo do índice preços ao
consumidor, que exclui os setores
de alimentação e energia, subiu
0,2% em agosto, a mesma elevação registrada em julho.
No acumulado até agosto, o núcleo do índice evoluiu a uma taxa
anual de 2,6%, ante 1,5% registrado no mesmo período do ano
passado.
Os números de ontem indicam
às autoridades monetárias que os
preços estão sob controle. Para os
analistas, o Federal Reserve (BC
dos EUA) pode optar por manter
as taxas de juros na próxima reunião no patamar atual de 6,5%.
Desaquecimento
Apesar de a inflação ter recuado,
a produção industrial cresceu
0,3% em agosto, ante uma expectativa de ficar zerada. Em julho, o
indicador registrou alta de 0,4%.
Em relatório divulgado em separado, o Departamento de Trabalho informou que a média de
salários pagos por semana, ajustada pela inflação, subiu 0,1% em
agosto. Nos dois meses anteriores, essa média havia ficado inalterada.
Pressão inflacionária
O presidente Bill Clinton, dos
Estados Unidos, disse ontem que
não há ameaça de recessão no
país a curto prazo devido à alta
dos preços do petróleo no mercado internacional. Ele disse também que a inflação parece estar
controlada.
"Farei tudo o que puder para reduzir ao máximo qualquer consequência adversa sobre o povo
norte-americano", disse.
Clinton falou durante um encontro com o primeiro ministro
da Índia, Atal Bihari Vajpayee.
Na semana passada, Clinton
manifestou sua preocupação com
os preços do óleo cru, que subiram ao seu nível mais alto nos últimos dez anos. Ontem, o petróleo chegou ao maior valor em dez
anos, fechando a US$ 35,92 em
Nova York.
Clinton disse que o país tem feitos esforços importantes nos últimos 25 anos para desenvolver
uma economia mais diversa e menos vulnerável às altas dos preços
do petróleo.
"Temos suportado este pico no
preço muito melhor do que antes", disse. "Agora, o que temos
que fazer é observar atentamente
a situação e tomar as medidas necessárias para equilibrar a economia."
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