São Paulo, sábado, 16 de setembro de 2000

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EXUBERÂNCIA
Indicador industrial sobe em agosto e põe desaquecimento em dúvida
Inflação cai nos EUA pela primeira vez em 14 anos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os preços ao consumidor -uma medida de inflação- apresentaram queda em agosto nos Estados Unidos, no primeiro recuo registrado em 14 anos, segundo dados divulgados pelo governo. A queda do preço da gasolina compensou os aumentos nos custos com assistência médica, vestuário e alimentação.
O índice de preços ao consumidor recuou 0,1% em agosto. Essa foi sua primeira queda desde 1986, segundo o Departamento de Trabalho. Em julho, o índice havia registrado alta de 0,2%.
O núcleo do índice preços ao consumidor, que exclui os setores de alimentação e energia, subiu 0,2% em agosto, a mesma elevação registrada em julho.
No acumulado até agosto, o núcleo do índice evoluiu a uma taxa anual de 2,6%, ante 1,5% registrado no mesmo período do ano passado.
Os números de ontem indicam às autoridades monetárias que os preços estão sob controle. Para os analistas, o Federal Reserve (BC dos EUA) pode optar por manter as taxas de juros na próxima reunião no patamar atual de 6,5%.

Desaquecimento
Apesar de a inflação ter recuado, a produção industrial cresceu 0,3% em agosto, ante uma expectativa de ficar zerada. Em julho, o indicador registrou alta de 0,4%.
Em relatório divulgado em separado, o Departamento de Trabalho informou que a média de salários pagos por semana, ajustada pela inflação, subiu 0,1% em agosto. Nos dois meses anteriores, essa média havia ficado inalterada.

Pressão inflacionária
O presidente Bill Clinton, dos Estados Unidos, disse ontem que não há ameaça de recessão no país a curto prazo devido à alta dos preços do petróleo no mercado internacional. Ele disse também que a inflação parece estar controlada.
"Farei tudo o que puder para reduzir ao máximo qualquer consequência adversa sobre o povo norte-americano", disse.
Clinton falou durante um encontro com o primeiro ministro da Índia, Atal Bihari Vajpayee.
Na semana passada, Clinton manifestou sua preocupação com os preços do óleo cru, que subiram ao seu nível mais alto nos últimos dez anos. Ontem, o petróleo chegou ao maior valor em dez anos, fechando a US$ 35,92 em Nova York.
Clinton disse que o país tem feitos esforços importantes nos últimos 25 anos para desenvolver uma economia mais diversa e menos vulnerável às altas dos preços do petróleo.
"Temos suportado este pico no preço muito melhor do que antes", disse. "Agora, o que temos que fazer é observar atentamente a situação e tomar as medidas necessárias para equilibrar a economia."


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