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Para Lessa, grupos
brasileiros não querem a empresa
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social),
Carlos Lessa, disse ontem que
tentou insistentemente achar
uma empresa brasileira interessada em investir no frigorífico Chapecó, de Santa Catarina,
que corre o risco de quebrar
por causa de suas dívidas.
"Pedi exaustivamente, implorando quase que de joelhos
para que empresários se apresentassem. Só se apresentou esse grupo [o francês Dreyfus].
Santa Catarina inteira está
traumatizada com a perspectiva de destruição da Chapecó.
Uma das regiões mais prósperas do Brasil passaria a ser uma
região de fome", afirmou.
Caso se concretize a operação
de venda do frigorífico catarinense para a empresa Coinbra,
do grupo Dreyfus, o BNDES
perdoará 96,8% dos créditos de
aproximadamente R$ 560 milhões que tem com a Chapecó e
perderá a participação de
29,65% no capital da empresa.
A proposta do grupo francês
prevê o pagamento de apenas
3,2% do total das dívidas do frigorífico, que somam pouco
menos de R$ 1 bilhão. Pela sua
parte, o BNDES receberá aproximadamente R$ 16 milhões.
Estimativas
Em seminário no Instituto de
Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Lessa
classificou como conservadora
a projeção de crescimento da
economia feita pelo Ministério
do Planejamento para os próximos três anos.
"O Ministério do Planejamento projetou para o próximo ano um crescimento de
3,5% [do PIB], de 4% para o
ano seguinte e de 4,5% para o
outro ano. É uma previsão, na
minha avaliação, conservadora. Temos que voltar a pensar
neste país crescendo, pelo menos, 5% ao ano.
Para que o país volte a crescer, Lessa destacou a importância do investimento em infra-estrutura, defendendo que isso
represente 6% ou 7% do PIB.
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