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ÚLTIMOS CARTUCHOS
Rentabilidade dos renda fixa prefixada pode cair com a alta da taxa básica promovida pelo Copom
Poupança e fundo DI ganham com juro alto
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os investidores da caderneta de
poupança e dos fundos DI devem
ganhar alguns trocados a mais
com a alta da taxa básica de juros,
a Selic, promovida na segunda-feira pelo Copom (Comitê de Política Monetária). Já quem tem
aplicações em fundos de renda fixa prefixada pode ficar com a cota
do fundo negativa por um dia e
passar a ter rendimento menor.
Segundo o consultor financeiro
Fábio Colombo, um fundo que tenha 100% da carteira em títulos
prefixados com vencimento em
janeiro pode ter perda de 0,33%
ao mês e chegar em janeiro de
2003 acumulando prejuízo de cerca de 1%.
Os fundos de renda fixa carregam títulos que pagam juros prefixados que acompanham as taxas do mercado futuro de juros.
Com o aumento da Selic, essas taxas subiram e os papéis dos fundos, que embutiam juros menores, perderam valor. Como o gestor do fundo contabiliza os papéis
da carteira diariamente pelo seu
valor de mercado, quanto mais o
juro oscila para cima, mais o fundo perde.
Segundo Renato Ramos, diretor
de renda fixa do HSBC Brain, a
maior parte dos fundos de renda
fixa do mercado está com "posições curtas", isto é, tem títulos
que vencem em três meses, no
máximo, o que limita as perdas
dos cotistas. "Raramente os gestores ficam com fundos expostos
a juros prefixados de longo prazo,
pois, quanto mais longo é o vencimento do título, maior é o risco
em um cenário de incerteza."
Apesar das perdas da renda fixa
com a alta dos juros, os analistas
não recomendam aos investidores mudar de posição. "O cenário
é de muita incerteza, e o mercado
às vezes exagera; os juros futuros
podem recuar de repente e melhorar o rendimento desses fundos", acrescenta Ramos.
Já o gerente de renda fixa do
CSFB, Glauco Cavalcanti, diz que,
"como ninguém sabe o que o BC
vai fazer daqui para a frente, o
melhor é manter o dinheiro em
fundos DI de curto prazo".
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