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MERCADO FINANCEIRO
Nos dez primeiros dias deste mês, R$ 11,665 mi em recursos estrangeiros ingressaram na Bovespa
Bolsa inicia mês com fluxo externo positivo
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos dez primeiros dias deste
mês, a Bolsa de Valores de São
Paulo registrou o ingresso de R$
11,665 milhões em recursos de investidores estrangeiros.
Com o resultado parcial deste
mês, o saldo de investimentos externos no acumulado do ano está
negativo em R$ 2,151 bilhões.
Em setembro, houve a fuga de
R$ 511,568 milhões de capital externo da Bovespa. Nos primeiros
dez dias daquele mês o resultado
também estava positivo, com a
entrada de R$ 126,487 milhões em
investimento estrangeiro no mercado de ações doméstico.
Mas, segundo analistas, longe
da sinalização de mudança de
tendência, o número aponta mais
para uma movimentação atípica e
temporária de investidores, que
acaba por distorcer o resultado.
Em especial após a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, de elevar os
juros brasileiros de 18% para 21%
ao ano, que inibe ainda mais os já
fracos negócios na Bolsa.
O Ibovespa, índice que reúne as
55 ações mais negociadas no pregão paulista, subiu 0,66% ontem,
para 8.506 pontos. O volume financeiro -de R$ 426,147 milhões- foi um pouco melhor do
que o dos últimos dias, quando os
negócios ficaram em torno de R$
300 milhões.
As altas das Bolsas internacionais ajudaram o desempenho do
mercado nacional. Dow Jones subiu 4,8% e Nasdaq, 5,07% -os
índices foram embalados por
bons resultados divulgados por
empresas.
As ações da Petrobras não conseguiram recuperar as perdas sofridas na segunda-feira por causa
das preocupações com os problemas apresentados pela plataforma P-34 no litoral do Rio. O papel
preferencial da companhia teve
desvalorização de 3% -a quarta
maior baixa do dia. A ação ordinária subiu 0,07%.
A maior queda do dia (4%) foi
para a ação preferencial da Celesc.
As ações do setor de telecomunicações apresentaram boas altas:
Telemig Participações PN subiu
6,8%, Tele Celular Sul PN, 5,1% e
Net PN (ex-Globo Cabo), 4,5%.
As ações preferenciais do Itaú
tiveram queda de 2,65%, repercutindo o anúncio da Merrill Lynch,
que rebaixou sua recomendação
para a compra dos papéis do banco. Os C-Bonds, títulos da dívida
externa brasileira, tiveram queda
de 1,4%.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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