São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Nos dez primeiros dias deste mês, R$ 11,665 mi em recursos estrangeiros ingressaram na Bovespa

Bolsa inicia mês com fluxo externo positivo

DA REPORTAGEM LOCAL

Nos dez primeiros dias deste mês, a Bolsa de Valores de São Paulo registrou o ingresso de R$ 11,665 milhões em recursos de investidores estrangeiros.
Com o resultado parcial deste mês, o saldo de investimentos externos no acumulado do ano está negativo em R$ 2,151 bilhões.
Em setembro, houve a fuga de R$ 511,568 milhões de capital externo da Bovespa. Nos primeiros dez dias daquele mês o resultado também estava positivo, com a entrada de R$ 126,487 milhões em investimento estrangeiro no mercado de ações doméstico.
Mas, segundo analistas, longe da sinalização de mudança de tendência, o número aponta mais para uma movimentação atípica e temporária de investidores, que acaba por distorcer o resultado. Em especial após a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, de elevar os juros brasileiros de 18% para 21% ao ano, que inibe ainda mais os já fracos negócios na Bolsa.
O Ibovespa, índice que reúne as 55 ações mais negociadas no pregão paulista, subiu 0,66% ontem, para 8.506 pontos. O volume financeiro -de R$ 426,147 milhões- foi um pouco melhor do que o dos últimos dias, quando os negócios ficaram em torno de R$ 300 milhões.
As altas das Bolsas internacionais ajudaram o desempenho do mercado nacional. Dow Jones subiu 4,8% e Nasdaq, 5,07% -os índices foram embalados por bons resultados divulgados por empresas.
As ações da Petrobras não conseguiram recuperar as perdas sofridas na segunda-feira por causa das preocupações com os problemas apresentados pela plataforma P-34 no litoral do Rio. O papel preferencial da companhia teve desvalorização de 3% -a quarta maior baixa do dia. A ação ordinária subiu 0,07%.
A maior queda do dia (4%) foi para a ação preferencial da Celesc. As ações do setor de telecomunicações apresentaram boas altas: Telemig Participações PN subiu 6,8%, Tele Celular Sul PN, 5,1% e Net PN (ex-Globo Cabo), 4,5%.
As ações preferenciais do Itaú tiveram queda de 2,65%, repercutindo o anúncio da Merrill Lynch, que rebaixou sua recomendação para a compra dos papéis do banco. Os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, tiveram queda de 1,4%.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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