São Paulo, quinta-feira, 16 de dezembro de 2004
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Foco em 2005 Após o bom ano de 2004, o setor de carnes busca meios para ampliar ainda mais o mercado externo. Ações de marketing e participação em missões comerciais serão dois dos caminhos utilizados, segundo Marcus Pratini, da Abiec (associação das indústrias exportadoras). Busca de novos mercados Estão na mira dos brasileiros os mercados do Japão, Estados Unidos, Coréia do Sul e Canadá. Além de representar perto de 50% do mercado mundial, esses países são os que mais pagam pela carne. As exportações brasileiras já chegam a 143 países. Confirmado Outro setor que também mostra dinamismo nas exportações é o de frango. A Abef (associação dos exportadores) confirmou ontem os dados já antecipados no início do mês: as exportações deste ano deverão ser recordes e atingir US$ 2,49 bilhões. O Brasil, que em 2000 exportava apenas 907 mil toneladas, termina este ano com 2,34 milhões. Os destaques Dados da Abef apontam que o melhor mercado para o Brasil é o do Oriente Médio, que já importou 676 mil toneladas neste ano. Só a Arábia Saudita comprou 295 mil toneladas. A Ásia vem a seguir, com 571 mil toneladas, e o destaque é o Japão (293 mil). Funcionou As exportações brasileiras só não foram maiores devido às cotas da Rússia. Segundo o governo russo, houve redução de 7% nas importações de carne bovina, de 25% nas da suína e de 19% nas de frango, de janeiro a novembro. Café em alta O café voltou a apresentar forte alta ontem na Nybot, uma das Bolsas de commodities de Nova York. O primeiro contrato aumentou 6,7%, para 97,8 centavos de dólar por libra-peso. O mercado interno também reagiu e os preços subiram 5,5%. A saca de 60 kg chegou a ser negociada a R$ 280 em Minas Gerais. Frango em baixa Confirmando as previsões dos analistas do setor, o quilo da ave viva voltou a cair na granjas paulistas ontem, sendo negociado a R$ 1,70. A queda é justificada pelas fracas vendas no período e pelo excesso de frangos para abate. No mês, o preço da ave acumula queda de 10,5%. Saldo por lá Os norte-americanos também comemoram bom saldo do agronegócio na balança comercial. O Departamento de Agricultura informou superávit de US$ 5,3 bilhões nos dez primeiros meses deste ano. Os números As exportações de janeiro a outubro somaram US$ 49,8 bilhões, contra importações de US$ 44,5 bilhões no período. As maiores importações foram de frutas e sucos, com US$ 5,7 bilhões, mesmo valor registrado por produtos vegetais. Recuo O primeiro contrato de soja recuou 0,77% ontem na Bolsa de Chicago. Nos últimos sete dias, no entanto, o produto ainda registra alta de 3,2%. No mercado nacional, o produto ficou estável. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Contas públicas: Acordo com FMI sai antes de abril, diz Levy Próximo Texto: Integração: Chanceler da Argentina falta a encontro Índice |
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