São Paulo, quarta-feira, 17 de janeiro de 2001

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Megassafra é esperança de recuperação em 2001

DE BUENOS AIRES

Com a indústria local cambaleante, parte das esperanças do governo argentino para a recuperação da economia em 2001 voltaram-se ao setor agrícola.
De acordo com relatório do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura, ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), a Argentina poderá obter este ano US$ 1,7 bilhão a mais nas exportações de produtos agrícolas do que em 2000, quando as vendas para o mercado externo totalizaram US$ 13,3 bilhões -praticamente as mesmas cifras de 1999.
Os produtos agro-industriais respondem por 60% das exportações argentinas.
Se confirmadas as previsões, o país produzirá, em 2001, 65 milhões de toneladas de grãos -a segunda melhor colheita da história-, dois milhões a menos que a melhor marca, alcançada em 1997.
As expectativas do governo estão baseadas em três pontos.
O país espera uma melhora nos preços das commodities no mercado internacional, a retomada de fôlego do Brasil -destino de parte considerável da produção de trigo- e a recuperação do euro frente ao dólar.
Com sua economia atrelada à moeda americana, os produtos argentinos perdem competitividade toda vez que o dólar se valoriza.
Apenas com as exportações deste produto, o país espera arrecadar US$ 1,416 bilhão.

Frigorífico
O setor frigorífico argentino estima que poderá colocar entre 350 mil e 400 mil toneladas de carne no exterior.
No ano passado, as vendas no setor não superaram 310 mil toneladas.
Mas as expectativas correm o risco de serem derrubadas pela nova onda de temor nos países Europa provocada pelo mal da ""vaca louca".

Vaca louca
Desde outubro, o consumo de carnes e derivados caiu 27% nos países europeus.
Ontem, o governo proibiu a entrada na Argentina de carne e derivados originários de países europeus onde tenham sido detectados casos da doença. (JAD)


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