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Megassafra é esperança de recuperação em 2001
DE BUENOS AIRES
Com a indústria local cambaleante, parte das esperanças do
governo argentino para a recuperação da economia em 2001 voltaram-se ao setor agrícola.
De acordo com relatório do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura, ligado à
OEA (Organização dos Estados
Americanos), a Argentina poderá
obter este ano US$ 1,7 bilhão a
mais nas exportações de produtos
agrícolas do que em 2000, quando
as vendas para o mercado externo
totalizaram US$ 13,3 bilhões
-praticamente as mesmas cifras
de 1999.
Os produtos agro-industriais
respondem por 60% das exportações argentinas.
Se confirmadas as previsões, o
país produzirá, em 2001, 65 milhões de toneladas de grãos -a
segunda melhor colheita da história-, dois milhões a menos que a
melhor marca, alcançada em
1997.
As expectativas do governo estão baseadas em três pontos.
O país espera uma melhora nos
preços das commodities no mercado internacional, a retomada de
fôlego do Brasil -destino de parte considerável da produção de
trigo- e a recuperação do euro
frente ao dólar.
Com sua economia atrelada à
moeda americana, os produtos
argentinos perdem competitividade toda vez que o dólar se valoriza.
Apenas com as exportações
deste produto, o país espera arrecadar US$ 1,416 bilhão.
Frigorífico
O setor frigorífico argentino estima que poderá colocar entre 350
mil e 400 mil toneladas de carne
no exterior.
No ano passado, as vendas no
setor não superaram 310 mil toneladas.
Mas as expectativas correm o
risco de serem derrubadas pela
nova onda de temor nos países
Europa provocada pelo mal da
""vaca louca".
Vaca louca
Desde outubro, o consumo de
carnes e derivados caiu 27% nos
países europeus.
Ontem, o governo proibiu a entrada na Argentina de carne e derivados originários de países europeus onde tenham sido detectados casos da doença.
(JAD)
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