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PLANEJAMENTO
Estimativa é de crescimento de 2% em 2003
Governo adota tom de cautela em suas previsões para a economia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo Luiz Inácio Lula da
Silva começou a projetar as possibilidades de crescimento econômico do país com cautela. Para este ano, segundo o ministro Guido
Mantega (Planejamento), a previsão é uma taxa "acima de 2%".
A novidade não é a previsão, cujo número de referência é bem parecido com o 1,9% estimado pelo
mercado, mas o fato de a equipe
de Lula pôr em números as restrições que a realidade econômica
impõe aos planos de governo.
O Orçamento de 2003, por
exemplo, projeta 3%, e o PT não
tentou corrigir para baixo o percentual durante as discussões no
Congresso.
Previsões mais modestas para a
economia significam menos arrecadação de impostos e maior necessidade de apertar as despesas
do governo para cumprir as metas acertadas com o FMI (Fundo
Monetário Internacional).
Durante a campanha, Mantega,
que agia como porta-voz econômico de Lula, falava em crescimento médio de 4,5% anuais durante os quatro anos de governo.
Ontem, Mantega disse considerar que, passado um período "de
transição", o país pode crescer à
taxa mencionada na campanha
-mais ambicioso, o programa
de governo fala em 5% e até 7%.
Ele, porém, prefere não fixar
prazo para a "transição". Questionado se o crescimento desejado
poderia ocorrer a partir de 2004,
disse ser cedo para uma previsão.
Pela estratégia esboçada até o
momento pelo ministro Antonio
Palocci Filho (Fazenda), o "novo
modelo econômico" será buscado com as reformas estruturais
-da Previdência, trabalhista e
tributária- e o aprimoramento
da política social. Tais mudanças
garantiriam, espera-se, o crescimento sustentado.
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