da Sucursal do Rio

A Editora Record, pioneira na venda de livros em bancas em 1995, investiu US$ 250 mil em publicidade televisiva para lançar a série ``Supersellers'', que reúne autores como Sidney Sheldon e Mario Puzo.
O valor é somente a metade do investimento total da coleção, realizada pela Record em associação com a editora Altaya, que entra com os custos de impressão das obras.
A venda em bancas foi um achado para a Record, segundo a diretora da editora Luciana Villas-Boas.
``Foi a área que mais cresceu na editora no ano passado'', diz ela.
Segundo Luciana, essa é a terceira coleção que a Record está lançando para venda em bancas e a que está indo melhor.
As anteriores foram ``Mostra de Literatura Contemporânea'' e as obras da escritora Agatha Christie, que ainda se encontram à venda nas bancas.
Segundo Luciana, a venda em banca só é possível em regime de estabilidade de preços, pois é necessária uma previsão de custos muito acurada, já que a margem de lucro por exemplar é pequena e a tiragem, grande.
Segundo Luciana, o que está surpreendendo na venda em banca no Brasil é um comportamento diferente da curva de vendas à medida que a coleção avança.
Segundo ela, na Espanha e na Itália, as coleções começam vendendo bem e no final caem muito.
No Brasil, ela diz, alguns livros lançados já com a coleção madura tiveram picos de venda, como foi o caso de ``Memorial do Convento'', do português José Saramago.
``O leitor brasileiro não se prendeu ao impacto da publicidade, mas sim ao conceito de fazer uma coleção toda'', afirma a diretora da Record.
Mas, se o mercado hoje está em alta, a experiência européia, que começou mais cedo, faz ver que nem tudo são flores.
Hoje, na Espanha, com a concorrência grande, começa a deixar de ser interessante a venda em banca.
Mesmo assim, a Record já prepara para o próximo semestre o lançamento de ``Mestres Brasileiros'', com livros de Machado de Assis, Castro Alves e Graciliano Ramos, entre outros.

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