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INDÚSTRIA
Alta foi de 11% em janeiro
Rendimento aumenta com a inflação menor
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O mercado de trabalho na indústria começou 2004 um pouco
melhor: a folha de pagamento do
setor cresceu, e o emprego teve
pequena expansão em janeiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A folha de pagamento real
-que sinaliza o rendimento do
setor e inclui salários, benefícios e
horas extras- teve alta de 10,7%
em relação a dezembro, na taxa
com ajuste sazonal (excluídos os
efeitos típicos de cada período).
Em comparação com janeiro de
2003, a expansão foi menor: 7,7%.
Esse é o terceiro mês consecutivo
de resultados positivos.
O principal motivo para o aumento dos ganhos do trabalhador
da indústria é a queda da inflação.
É que o indicador é deflacionado
pelo IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo). Em janeiro
deste ano, o índice teve uma variação menor (0,76%) do que no
mesmo mês de 2003 -2,25%.
Como os dissídios de algumas
categorias foram fixados com a
inflação mais alta de 2003, há espaço para recomposição do poder de compra, diz o IBGE.
Já o emprego teve pequena expansão. O nível de ocupação na
indústria subiu 0,2% na comparação com dezembro no indicador
ajustado sazonalmente. Mas, na
comparação com janeiro de 2003,
ainda há menos gente trabalhando: a ocupação caiu 1,7%.
Segundo André Macedo, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, apesar do discreto aumento no total de ocupados,
o número de vagas criadas não foi
suficiente para compensar as perdas de 2003.
Para Estêvão Kopschitv, economista do Ipea, o crescimento da
folha de pagamentos indica que o
consumo pode se aquecer.
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