São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2004

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INDÚSTRIA

Alta foi de 11% em janeiro

Rendimento aumenta com a inflação menor

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O mercado de trabalho na indústria começou 2004 um pouco melhor: a folha de pagamento do setor cresceu, e o emprego teve pequena expansão em janeiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A folha de pagamento real -que sinaliza o rendimento do setor e inclui salários, benefícios e horas extras- teve alta de 10,7% em relação a dezembro, na taxa com ajuste sazonal (excluídos os efeitos típicos de cada período).
Em comparação com janeiro de 2003, a expansão foi menor: 7,7%. Esse é o terceiro mês consecutivo de resultados positivos.
O principal motivo para o aumento dos ganhos do trabalhador da indústria é a queda da inflação. É que o indicador é deflacionado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Em janeiro deste ano, o índice teve uma variação menor (0,76%) do que no mesmo mês de 2003 -2,25%.
Como os dissídios de algumas categorias foram fixados com a inflação mais alta de 2003, há espaço para recomposição do poder de compra, diz o IBGE.
Já o emprego teve pequena expansão. O nível de ocupação na indústria subiu 0,2% na comparação com dezembro no indicador ajustado sazonalmente. Mas, na comparação com janeiro de 2003, ainda há menos gente trabalhando: a ocupação caiu 1,7%.
Segundo André Macedo, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, apesar do discreto aumento no total de ocupados, o número de vagas criadas não foi suficiente para compensar as perdas de 2003.
Para Estêvão Kopschitv, economista do Ipea, o crescimento da folha de pagamentos indica que o consumo pode se aquecer.


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