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CERVEJA
Conar nega pedido para tirar peça da Brahma do ar
Em nova propaganda, Nova Schin insinua que Zeca Pagodinho é "traíra"
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um mesmo dia, a guerra das
cervejas protagonizada pela Nova
Schin e a Brahma registrou dois
capítulos. O Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação
Publicitária) indeferiu, à tarde, o
pedido da Schincariol para que
fosse suspensa a veiculação de comercial da Brahma com o cantor
Zeca Pagodinho, que fora a estrela
do lançamento da Nova Schin.
À noite, a Schincariol apresentou nova campanha, com um sósia de Zeca Pagodinho, na qual insinua que o cantor teria recebido
US$ 3 milhões para trocar de opinião sobre a cerveja preferida.
Em seu despacho, no qual manteve no ar o filme da Brahma, o
Conar afirma que a letra do samba cantado por Zeca e a composição geral do comercial não feriram o código de ética do conselho
e estão dentro dos limites da propaganda comparativa.
Segundo o Conar, a alegação da
Fischer América e da Schincariol
de que houve aliciamento do
apresentador do produto (Zeca)
não estaria prevista no código de
conduta da entidade.
A disputa começou na sexta,
quando foi ao ar o comercial da
Brahma, protagonizado pelo cantor, então garoto-propaganda da
Nova Schin -e cujo contrato se
estenderia até setembro.
No refrão da música cantada no
filme da Brahma, Zeca ironiza sua
passagem pela Nova Schin: "Fui
provar outro sabor, eu sei. Mas
não largo meu amor, voltei". Para
a Schincariol, o comercial maculava a imagem da Nova Schin.
Contra-ataque
O filme da ofensiva da Schincariol veiculado ontem em horário
nobre tem como cenário um bar.
Enquanto bebem cerveja, dois
amigos discutem sobre a troca de
cerveja. Ao fundo do cenário, um
placa: "Prato do dia: traíra".
Um deles pergunta ao personagem, apresentado como "Zequinha", se este não trocaria de cerveja por "R$ 600 mil". A oferta é
recusada. O amigo indaga, então,
se não o faria por "R$ 1 milhão".
"De jeito nenhum", responde Zequinha. Nesse momento, o sósia
de Zeca Pagodinho, que apenas
observa a conversa, levanta-se e
diz: "O cara é "firmeza", enquanto cumprimenta o personagem.
O amigo sobe a oferta para US$
3 milhões: "Por US$ 3 milhões, falo que amo e ainda dou beijo na
boca", responde Zequinha. No
mercado publicitário, estima-se
que o contrato do cantor com a
AmBev teria sido de R$ 3 milhões.
(JOSÉ ALAN DIAS)
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