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Fundo vê como retórica posição dos dois países
DE WASHINGTON
O FMI (Fundo Monetário
Internacional) qualificou como "retórica" ontem a posição saída da reunião entre os
presidentes Luiz Inácio Lula
da Silva e Néstor Kirchner de
cobrar maior flexibilidade
do Fundo em seus programas de ajuda ao Brasil e à
Argentina.
O porta-voz da instituição,
Thomas Dawson, já deixou
claro em várias ocasiões que,
quaisquer que sejam as demandas dos países envolvidos nas negociações, as contas para o atendimento do
superávit primário (economia que o governo realiza
para pagar juros) "têm de fechar no final".
Segundo um funcionário
do FMI, não é apenas o Fundo que deve ser convencido
de uma eventual mudança
de metodologia, mas os seus
principais sócios, como o
Departamento do Tesouro
dos EUA e o Banco da Inglaterra, por exemplo.
O FMI afirmou ainda que,
apesar dos progressos nas
negociações com Brasil e Argentina conduzidas pelo ex-diretor-gerente do Fundo
Horst Köhler, os dois países
devem levar em conta que o
seu nível de endividamento
com o mercado e com o próprio Fundo é muito alto para
que haja mudanças nos critérios dos acordos vigentes.
Por último, o FMI lembra
que tanto Brasil quanto Argentina têm acordos em vigor já assinados com o Fundo e que eventuais discussões de mudanças de metas
ou critérios devem ser discutidas apenas em uma eventual renovação.
No caso brasileiro, a equipe econômica já afirmou
que não pretende renovar o
atual acordo com a instituição, qualificado como "preventivo" e que vence no final
do ano.
(FCz)
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