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MERCADO FINANCEIRO
Apesar de alta de 1,79%, pregão foi fraco; corte nos juros seria positivo para mercado acionário
Bolsa tem dia apático à espera do Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
Na véspera de o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciar como ficam os juros básicos
da economia, o mercado teve um
dia morno. A Bovespa subiu
1,79%, mas teve o pregão mais
fraco do mês, com giro financeiro
de apenas R$ 898 milhões.
Ânimo novo para o mercado
acionário viria de um corte nos
juros. Mas a expectativa predominante no mercado é de manutenção da taxa básica (Selic) em
16,5% anuais. Apenas uma pequena parcela do mercado diz
acreditar na possibilidade de o BC
reduzir a Selic para 16,25%.
No pregão de ontem da BM&F,
a movimentação com os contratos de prazo mais curto foi bem
mais acentuada do que no dia anterior, mas sem que isso alterasse
as taxas, que fecharam praticamente estáveis.
O contrato DI (que acompanha
os juros interbancários) de prazo
mais curto encerrou a 16,14%, ante 16,15% no dia anterior. Os contratos DI de prazos mais longos
registraram baixas, mas nada que
altere a aposta da maioria de que
o BC vai ser mais uma vez conservador e manter os juros inalterados pelo terceiro mês seguido.
Carlos Kawall, economista-chefe do Citibank, diz acreditar que a
Selic seguirá em 16,5%. "Em abril
pode vir um corte de 0,5 ponto
percentual. Desde o início do ano,
a taxa poderia ter caído alguma
coisa entre 0,25 ponto percentual
e 0,5 ponto percentual. Mas isso
não teria alterado a trajetória que
a economia tem apresentado."
O contrato futuro com vencimento em janeiro foi o que recuou um pouco mais, de 15,42%
para 15,35%.
Em alta
O destaque na Bovespa foram
novamente as ações preferenciais
da Embratel, que ficaram entre as
três mais negociadas do dia. Nos
últimos dois dias, refletindo o
anúncio da venda do controle da
empresa pela MCI à mexicana
Telmex, o papel preferencial da
Embratel Participações teve alta
de 17%. Somente no pregão de
ontem a alta foi de 9,32%.
A valorização se explica pela expectativa de futuros investimentos na empresa de telefonia após a
conclusão de sua venda.
As ações com direito a voto
(ON) da Embratel, que despencaram 25% no pregão de segunda,
fecharam estáveis.
(FABRICIO VIEIRA)
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