São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Apesar de alta de 1,79%, pregão foi fraco; corte nos juros seria positivo para mercado acionário

Bolsa tem dia apático à espera do Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

Na véspera de o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciar como ficam os juros básicos da economia, o mercado teve um dia morno. A Bovespa subiu 1,79%, mas teve o pregão mais fraco do mês, com giro financeiro de apenas R$ 898 milhões.
Ânimo novo para o mercado acionário viria de um corte nos juros. Mas a expectativa predominante no mercado é de manutenção da taxa básica (Selic) em 16,5% anuais. Apenas uma pequena parcela do mercado diz acreditar na possibilidade de o BC reduzir a Selic para 16,25%.
No pregão de ontem da BM&F, a movimentação com os contratos de prazo mais curto foi bem mais acentuada do que no dia anterior, mas sem que isso alterasse as taxas, que fecharam praticamente estáveis.
O contrato DI (que acompanha os juros interbancários) de prazo mais curto encerrou a 16,14%, ante 16,15% no dia anterior. Os contratos DI de prazos mais longos registraram baixas, mas nada que altere a aposta da maioria de que o BC vai ser mais uma vez conservador e manter os juros inalterados pelo terceiro mês seguido.
Carlos Kawall, economista-chefe do Citibank, diz acreditar que a Selic seguirá em 16,5%. "Em abril pode vir um corte de 0,5 ponto percentual. Desde o início do ano, a taxa poderia ter caído alguma coisa entre 0,25 ponto percentual e 0,5 ponto percentual. Mas isso não teria alterado a trajetória que a economia tem apresentado."
O contrato futuro com vencimento em janeiro foi o que recuou um pouco mais, de 15,42% para 15,35%.

Em alta
O destaque na Bovespa foram novamente as ações preferenciais da Embratel, que ficaram entre as três mais negociadas do dia. Nos últimos dois dias, refletindo o anúncio da venda do controle da empresa pela MCI à mexicana Telmex, o papel preferencial da Embratel Participações teve alta de 17%. Somente no pregão de ontem a alta foi de 9,32%.
A valorização se explica pela expectativa de futuros investimentos na empresa de telefonia após a conclusão de sua venda.
As ações com direito a voto (ON) da Embratel, que despencaram 25% no pregão de segunda, fecharam estáveis.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Fundo vê como retórica posição dos dois países
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.