São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O VAIVÉM DAS COMMODITIES

É pior
A safra de soja do Paraná, o segundo maior produtor nacional, pode ficar abaixo de 10 milhões de toneladas -as previsões iniciais eram de 11,9 milhões. O prejuízo dos produtores deve superar R$ 1,3 bilhão, diz o Deral. Em algumas cidades, a quebra chega a 50%.

Quebra esquenta preços
A quebra de safra nas produções brasileira, argentina e paraguaia esquenta os preços da soja. Ontem, a saca atingiu R$ 55 no porto de Paranaguá (PR), permitindo negociações a R$ 50 no interior de São Paulo. O produto já teve alta média de 11% neste mês.

Avanços
É impressionante o avanço do Deral no acompanhamento da safra paranaense. A instituição fornece gráficos e tabelas coloridas com o déficit (ou excesso) hídrico do solo para todas as regiões do Estado. Com base nessas informações, o Instituto Agronômico do Paraná consegue montar com precisão um cenário do potencial de produtividade no Estado.

Não será como em 2003
Atraso no plantio, devido a efeitos climáticos, e elevados custos de produção não garantem bons resultados aos produtores de milho safrinha neste ano, diz análise da Céleres, de Uberlândia (MG). Ciente desses problemas, o produtor está arredio. No Paraná, a área cairá 18% em relação às previsões iniciais, segundo o Deral.

Suporte externo
Na análise da Céleres, o milho continua tendo como suporte o mercado externo. Os preços internos se sustentam no rastro dos externos.

Passagem tranqüila
O setor de arroz passou sem grandes problemas pela entressafra. O produto vindo da Ásia garantiu boa oferta no varejo paulista, sem forçar reajustes de preços, diz o analista Romeu Fiod. A partir de agora, a oferta deve melhorar com o avanço da safra no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso.

Mais acessíveis
Fiod diz que o consumidor já paga de R$ 6 a R$ 8,50 pelo pacote de cinco quilos de arroz nos supermercados, dependendo da qualidade do produto. Há poucas semanas, o preço estava de R$ 7 a R$ 10,50, diz ele.

Novos mercados
O Brasil continua conquistando novos mercados para o frango. Dados da Abef (reúne os exportadores) mostrou que os novos mercados cresceram 308% no primeiro bimestre deste ano em relação a idêntico período de 2003.

Industrializados
É bom também o desempenho das exportações de carnes industrializadas, com maior valor agregado. As receitas somaram US$ 19 milhões no bimestre, com alta de 73% sobre 2003. As exportações totais do setor atingem US$ 361 milhões, com aumento de 41%.

México preocupa Austrália
O acordo de livre comércio entre Japão e México inclui a venda de 6.000 toneladas de carne bovina com tarifas livres. Os australianos se preocupam porque o mercado japonês é cativo da Austrália e dos EUA, que temporariamente estão ausentes devido à doença da vaca louca.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


Texto Anterior: Mercado Financeiro: Bolsa tem dia apático à espera do Copom
Próximo Texto: Vôo da águia: Fed mantém juro e não vê avanço no emprego
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.