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Economista vê recessão pior do que as anteriores
Crise estrutural e perda de confiança preocupam
DA BLOOMBERG
O economista Martin Feldstein, da Universidade Harvard,
disse que o último ciclo de expansão econômica dos Estados
Unidos, que durou seis anos,
chegou ao fim. Afirmou ainda
que a atual recessão poderá ser
substancialmente pior do que
as passadas.
Feldstein é presidente do Escritório Nacional de Pesquisas
Econômicas (NBER, na sigla
em inglês), instituto credenciado para declarar oficialmente
se o país entrou em recessão.
"Acredito que a economia
dos EUA está atualmente em
recessão. A situação é ruim e
está ficando pior. O risco é que
fique muito ruim", disse. As
afirmações foram feitas durante conferência de empresas de
derivativos em Boca Raton.
No escritório, Feldstein participa do comitê de fixação de
datas de ciclos econômicos de
expansão e de recessão. Pode
levar meses até que o grupo declare oficialmente quando -se
for o caso- a recessão teve início nos EUA. Freqüentemente,
as recessões são nomeadas
após o fim, como em 2001.
Segundo Feldstein, a crise
atual reflete problemas estruturais do setor imobiliário -como a relação entre os financiamentos e a valorização dos
imóveis- e de avaliação de risco. Para ele, há uma "perda de
confiança" na precificação de
ativos e uma "indisposição para
negociar" preocupante.
Feldstein disse que está pessimista com as perspectivas de
curto prazo para a economia.
Ele lembrou que os EUA vivem
o terceiro mês consecutivo de
queda no nível de emprego,
além de forte recuo nos preços
dos imóveis residenciais.
"Segundo quase todos os indicadores, a economia dos Estados Unidos tem andado de lado ou recuado ligeiramente nos
últimos meses", diz Feldstein.
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