São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 2008

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Economista vê recessão pior do que as anteriores

Crise estrutural e perda de confiança preocupam

DA BLOOMBERG

O economista Martin Feldstein, da Universidade Harvard, disse que o último ciclo de expansão econômica dos Estados Unidos, que durou seis anos, chegou ao fim. Afirmou ainda que a atual recessão poderá ser substancialmente pior do que as passadas.
Feldstein é presidente do Escritório Nacional de Pesquisas Econômicas (NBER, na sigla em inglês), instituto credenciado para declarar oficialmente se o país entrou em recessão.
"Acredito que a economia dos EUA está atualmente em recessão. A situação é ruim e está ficando pior. O risco é que fique muito ruim", disse. As afirmações foram feitas durante conferência de empresas de derivativos em Boca Raton.
No escritório, Feldstein participa do comitê de fixação de datas de ciclos econômicos de expansão e de recessão. Pode levar meses até que o grupo declare oficialmente quando -se for o caso- a recessão teve início nos EUA. Freqüentemente, as recessões são nomeadas após o fim, como em 2001.
Segundo Feldstein, a crise atual reflete problemas estruturais do setor imobiliário -como a relação entre os financiamentos e a valorização dos imóveis- e de avaliação de risco. Para ele, há uma "perda de confiança" na precificação de ativos e uma "indisposição para negociar" preocupante.
Feldstein disse que está pessimista com as perspectivas de curto prazo para a economia. Ele lembrou que os EUA vivem o terceiro mês consecutivo de queda no nível de emprego, além de forte recuo nos preços dos imóveis residenciais.
"Segundo quase todos os indicadores, a economia dos Estados Unidos tem andado de lado ou recuado ligeiramente nos últimos meses", diz Feldstein.


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