São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Sócios no suco? Após muitos anos competindo pelo domínio mundial da produção e das exportações de suco de laranja, Brasil e Estados Unidos podem atuar juntos na Ásia e na Europa. É o que diz Bob Crawford, do Departamento de Cítricos da Flórida. Ele diz que os EUA e o Brasil querem criar demanda maior para o suco. Sem acordo Ademerval Garcia, da Abecitrus, diz, no entanto, que não haverá acordo devido ao perfil da produção da Flórida. Eles querem negociar um acordo porque o Brasil entrou na OMC contra a sobretaxa que o Estado impõe ao produto brasileiro. Brasil vai à OMC O Brasil deverá recorrer à Organização Mundial do Comércio ainda neste ano contra os subsídios concedidos pelos EUA aos produtores de algodão. É o que anunciou ontem o secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pedro Camargo Neto. Os números Os EUA deverão gastar US$ 2,6 bilhões neste ano com incentivos aos cotonicultores. Pelo acordo sobre agricultura na OMC, deveriam gastar de US$ 1,6 bilhão a US$ 1,7 bilhão. Para cada US$ 1 comercializado pelos produtores de algodão nos EUA, o governo subsidia US$ 1,50. Processo demorado O processo na OMC é demorado, dizem os produtores. Se a situação não for resolvida a curto prazo, eles terão dificuldades até para o plantio deste ano. Os produtores querem taxação sobre as importações dos EUA. Chega ao varejo Aos poucos, o varejo começa a aceitar a alta do arroz que ocorreu no campo. A elevação dos preços do produto de melhor qualidade abre espaço para a negociação dos tipos 2 e 3, segundo o analista Romeu Fiod. Alguns negócios no Sul já chegaram a R$ 17,20 por saca, diz ele. Mais previsões A AgRural estima a safra brasileira de soja em 41,6 milhões de toneladas, mesmo volume da FNP, mas acima dos 41 milhões da MPrado. Nos dados da AgRural, Mato Grosso lidera, com 10,9 milhões de toneladas, seguido do Paraná (9,5 milhões) e do Rio Grande do Sul (6,3 milhões). Acima do esperado As exportações de soja dos Estados Unidos surpreenderam na semana terminada em 9 deste mês. Os dados do Usda mostraram vendas de 352 mil toneladas, contra 267 mil na semana imediatamente anterior. Abaixo do custo O preço médio do frango vivo foi de R$ 0,89 por quilo no mês passado, segundo o analista José Carlos Teixeira. No mesmo período, os custos de produção foram de R$ 0,93. Já o frango abatido foi vendido a R$ 1,19, para um custo de R$ 1,45, diz Teixeira. Balanço final A ExpoZebu deste ano movimentou R$ 65 milhões, 30% acima do volume do ano passado. Foram comercializados 2.528 animais nos leilões, no valor de R$ 33 milhões. e-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Investidor espera por novo corte nos juros Próximo Texto: Comércio: Varejo faz promoções, mas perde lucro Índice |
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