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São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 2003

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Comércio de SP prevê leve expansão no mês

DA REPORTAGEM LOCAL

A pouco mais de dois meses para o Natal, o comércio paulista deve começar a registrar, em outubro, melhores resultados. Estimativa da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) leva em conta a possibilidade de uma leve expansão nas vendas neste mês em relação a igual período do ano passado. Na pior das hipótese, há uma expectativa de empate.
Espera-se uma expansão de 4% a 5% nas vendas a prazo e uma queda nas vendas à vista de 2% a 3% no mês sobre 2002. "Na média, devemos ficar no zero a zero ou registrar até uma ligeira expansão de um ponto percentual", diz Emílio Alfieri, economista da ACSP. Os números são estimados com base nas consultas dos lojistas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e ao Usecheque.
Até o momento, os dados são animadores. Em relação a setembro, as consultas para a venda parcelada e à vista cresceram de 1º a 15 de outubro. A alta é de 11,9% e 12,1%, respectivamente. A alta não deve se manter, contudo, até o final do mês porque a primeira quinzena incluiu as vendas de Dias das Crianças.
Para a ACSP, já existem sinais de uma leve mudança no humor do consumidor.
Há cinco meses consecutivos o varejo em São Paulo registra retração nas vendas, mas o ritmo de queda perdeu a força.
Se em maio a queda no faturamento real chegou a 8,5% (em relação a igual período do ano anterior), em setembro o tombo foi menor, com retração de 3,48%, informou ontem a Fecomercio SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). De maio a setembro, as taxas foram caindo aos poucos.
Em julho, a retração no faturamento atingiu 5,7%. Em agosto, a queda foi de 4,9% e chegou a 3,4% de redução no mês passado. A análise foi realizada no varejo da capital e da região metropolitana de São Paulo.
"Boa a situação não está, mas a diminuição no ritmo de queda mostra que já existe algum sinal de reversão na tendência passada", diz Oiram Corrêa, economista da Fecomercio SP.
Mesmo com expectativas mais otimistas para outubro, a maioria dos setores (calçados, eletrônicos roupas) ainda carrega resultados negativos nas vendas há meses. Em setembro, em relação a agosto, só o comércio automotivo registrou elevação nos resultados.
(ADRIANA MATTOS)

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