|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Decisão do Fed "paralisa" Bolsa e câmbio
da Reportagem Local
O anúncio do aumento dos juros nos EUA confirmou a expectativa de parte dos analistas de Wall Street e fez a Bolsa de Nova York fechar com alta de 1,59%, o pico de valorização do dia.
No Brasil, o anúncio da decisão do Fed pegou os mercados com negócios já encerrados. A repercussão ficou para hoje.
Os mercados de renda variável e de câmbio passaram o dia na expectativa de qual seria o movimento adotado pelo Fed. Poucos negócios foram realizados.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o volume foi o segundo menor do mês, com R$ 475,052 milhões (34,87% menos do que a média diária de giro em novembro). O pregão encerrou o dia com leve alta, de 0,10%, sem conseguir antecipar a subida dos juros norte-americanos, em 0,25 ponto percentual.
O câmbio também trabalhou atrelado ao clima de expectativa com a reunião em Washington. Com poucos negócios sendo feitos, o dólar comercial fechou cotado a R$ 1,933, queda de 0,10% em relação a sexta-feira.
As decisões sobre juros nos EUA costumam ter repercussão no mercado brasileiro, nem sempre favoráveis. Aumento de juros por lá significa, geralmente, uma certa fuga de capital, para ser alocado em títulos do Tesouro norte- americano (que passam a pagar mais). Mas a alta de ontem nos juros já teria sido antecipada na maioria das operações.
Na área de renda fixa brasileira, o governo promoveu um leilão de R$ 2 bilhões em títulos públicos prefixados, com vencimento em dois meses. Os juros pagos foram de 20,59% ao ano. No leilão da semana passada, a taxa ficou em 19,72% na média -mas o mercado esperava um corte na taxa Selic (juros de mercado).
As declarações do ministro Alcides Tápias (Desenvolvimento), afirmando que os juros podem subir, caso a inflação saia do controle, teve repercussão no mercado e teria contribuído para a formação de taxa no leilão de ontem, segundo analistas.
O governo anunciou que vai colocar R$ 1 bilhão em LTNs (Letras do Tesouro Nacional) em leilão amanhã. É uma tentativa de alongar a dívida pública, que vem sendo testada pelo Tesouro neste mês.
(MARCELO DIEGO)
Texto Anterior: Onda de fusão vira "vedete" da moda Próximo Texto: Comércio mundial: Rodada do Milênio não desata 4 nós Índice
|