|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"O que importa é
ter o emprego de
volta", diz operário
DA REPORTAGEM LOCAL
O preparador de ferramentas Márcio Neiva Vicentin, 40, 16 anos de serviço na
Volkswagen, disse ontem estar "aliviado" com a notícia
da suspensão das demissões.
"O mais importante é que,
mesmo com o salário mais
baixo, estamos com nossos
empregos garantidos. O sindicato [dos Metalúrgicos do
ABC" teve força para enfrentar a empresa. Encontrar outro trabalho é muito difícil",
afirmou o operário, que recebia R$ 2.000 por mês e foi
demitido na semana passada por carta. Ele disse que
vai votar a favor da redução
de salários e da jornada na
próxima segunda-feira, se os
cortes forem suspensos.
"Tenho dois filhos pequenos para sustentar. Na minha idade, não é fácil conseguir trabalho", disse.
O metalúrgico recebeu sua
carta de demissão na sexta-feira passada. Após abrir o
comunicado, foi com a família para a sede do sindicato
informar ao departamento
médico da entidade que é
portador de doença profissional. "Nem poderia ter sido demitido porque tenho
três hérnias de disco adquiridas por carregar peso na
empresa."
Segundo sua mulher, Débora Vicentin, 35, o casal estava tomando calmantes para dormir. "Só pensava em
como iríamos sustentar nossos filhos, pagar o aluguel
[R$ 550" e minhas dívidas
[prestações de R$ 400 mensais em lojas". Estou confiante agora", disse
(CR)
Texto Anterior: Demissão em massa: Volks suspende 3.000 demissões no ABC Próximo Texto: Mídia: "Gazeta Mercantil" demite 143 por justa causa Índice
|