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MÍDIA
"Gazeta Mercantil" demite 143 por justa causa
DA REPORTAGEM LOCAL
O jornal "Gazeta Mercantil" demitiu ontem 143 jornalistas que
faziam parte da redação localizada em São Paulo. Até ontem a empresa tinha cerca de 500 jornalistas em todo o país. A medida foi
tomada depois que o presidente
do TST (Tribunal Superior do
Trabalho), Almir Pazzianotto,
concedeu uma nova liminar à
empresa. Nessa liminar, assinada
na quarta-feira à noite, o TST desconsiderou o direito de estabilidade dos funcionários por 60
dias, após o final da greve.
Determinou ainda que a empresa não precisaria pagar os dias parados dos funcionários que estavam nas recentes greves.
Ontem, os demitidos receberam em casa um telegrama informando-os sobre a dispensa por
justa causa. O texto é o seguinte:
"Demissão por justa causa - a recusa em voltar ao trabalho, permanecendo em greve depois de
julgado o dissídio, caracteriza falta grave, pelo que ficam dispensados os serviços de V.Sa. com seu
conseqüente despedimento por
justa causa. Gazeta Mercantil".
A Folha tentou falar ontem com
Luiz Fernando Levy, vice-presidente do grupo, mas ele não estava na companhia. A "GM" não divulgou qualquer comunicado ontem. A demissão foi confirmada
pela assessoria do jornal.
O Sindicato dos Jornalistas de
São Paulo diz que a demissão é
"arbitrária". A "GM" que teria errado, ao não cumprir a decisão da
Justiça de pagar os salários.
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