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Sergio Amaral vê chinês e tenta abrir espaço
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil quer ser o primeiro
país a negociar um plano de comércio com a China. Para não
perder oportunidades naquele
mercado, de 1,3 bilhão de pessoas,
o governo começou a conversar
com os chineses ainda em Doha
(Qatar), onde foi lançada a nova
rodada de negociações da OMC
(Organização Mundial do Comércio) nesta semana e onde a
China ratificou sua adesão.
Ao voltar do Qatar, o ministro
do Desenvolvimento, Sergio
Amaral, recebeu ontem a visita do
vice-ministro de comércio chinês,
Wei Jeanguo, que veio a Brasília
para discutir a pauta de comércio
entre os dois países.
Na opinião do ministro, os países que se anteciparem em fazer
acordos com a China vão conseguir maiores fatias naquele mercado.
Segundo Amaral, o governo
quer agregar valor à pauta de exportação para a China, que compra do Brasil principalmente produtos básicos.
Os chineses, porém, vendem
para o mercado brasileiro produtos industrializados, como eletrônicos, têxteis e brinquedos.
Vendas
De acordo com ele, será possível vender aos chineses minério
de ferro, madeira compensada,
produtos da agroindústria, automóveis, aeronaves e serviços de
engenharia.
"Com a adesão da China à
OMC, eles terão de praticar as tarifas de comércio da OMC e isso
abre uma imensa oportunidade
em um mercado praticamente
virgem em termos de importação", disse ele.
Fora da OMC, a China era um
dos países mais protecionistas,
com níveis tarifários que praticamente impediam as exportações
para aquele mercado.
Neste ano, as exportações brasileiras para a China já aumentaram 92%. Até setembro, o Brasil
vendeu cerca de US$ 1,5 bilhão e
comprou US$ 1 bilhão. Deve fechar o ano vendendo US$ 2,1 bilhões, segundo os cálculos da AEB
(Associação de Comércio Exterior do Brasil).
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