São Paulo, sábado, 17 de novembro de 2001

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Sergio Amaral vê chinês e tenta abrir espaço

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil quer ser o primeiro país a negociar um plano de comércio com a China. Para não perder oportunidades naquele mercado, de 1,3 bilhão de pessoas, o governo começou a conversar com os chineses ainda em Doha (Qatar), onde foi lançada a nova rodada de negociações da OMC (Organização Mundial do Comércio) nesta semana e onde a China ratificou sua adesão.
Ao voltar do Qatar, o ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral, recebeu ontem a visita do vice-ministro de comércio chinês, Wei Jeanguo, que veio a Brasília para discutir a pauta de comércio entre os dois países.
Na opinião do ministro, os países que se anteciparem em fazer acordos com a China vão conseguir maiores fatias naquele mercado.
Segundo Amaral, o governo quer agregar valor à pauta de exportação para a China, que compra do Brasil principalmente produtos básicos.
Os chineses, porém, vendem para o mercado brasileiro produtos industrializados, como eletrônicos, têxteis e brinquedos.

Vendas
De acordo com ele, será possível vender aos chineses minério de ferro, madeira compensada, produtos da agroindústria, automóveis, aeronaves e serviços de engenharia.
"Com a adesão da China à OMC, eles terão de praticar as tarifas de comércio da OMC e isso abre uma imensa oportunidade em um mercado praticamente virgem em termos de importação", disse ele.
Fora da OMC, a China era um dos países mais protecionistas, com níveis tarifários que praticamente impediam as exportações para aquele mercado.
Neste ano, as exportações brasileiras para a China já aumentaram 92%. Até setembro, o Brasil vendeu cerca de US$ 1,5 bilhão e comprou US$ 1 bilhão. Deve fechar o ano vendendo US$ 2,1 bilhões, segundo os cálculos da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).


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