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São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

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Preço final sobe com novo modelo, afirma Copel

TIAGO ORNAGHI
DA AGÊNCIA FOLHA

As alterações que o governo fez no mercado de energia elétrica podem gerar aumento nas tarifas cobradas do consumidor.
A avaliação é do presidente da Copel (Companhia Paranaense de Energia), Paulo Pimentel. Ele calcula que os consumidores do Paraná, por exemplo, deverão arcar com aproximadamente R$ 100 milhões -custos que a Copel deve ter com as alterações.
Pelo novo modelo energético, toda a energia gerada no país não pertence individualmente aos Estados onde ela é produzida, mas sim ao conjunto nacional -devendo ser cobrada também conjuntamente, ou seja, em pool.
"A Copel produz energia velha, barata e poderia vender a um preço inferior ao que deve ser apresentado pelo pool", afirma.
Energia velha é a produzida por geradoras que já pagaram seus custos de instalação. No pool proposto, a energia velha e a nova -que ainda tem que amortizar os investimentos "empatados" nas usinas- são somadas e vendidas por um preço único.
Segundo a Copel, o ideal para o sistema seria que apenas uma parte da energia velha fosse comercializada por meio do pool.
Regiões inteiras do país, onde a energia instalada é escassa e suas usinas são recentes -com 15 anos ou menos-, elevarão o preço das tarifas. O Norte, por exemplo, sofre de escassez de energia por ter poucas usinas geradoras instaladas nos Estados da região.
Descontente com a situação, o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), enviou na sexta-feira uma mensagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com cópia ao ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, reclamando que o novo modelo "pune o Paraná" por causa da possibilidade de o Estado ter que cobrar tarifas mais caras apesar de produzir mais do que consome.


Colaborou Mari Tortato, da Agência Folha, em Curitiba

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