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Preço final sobe com novo modelo, afirma Copel
TIAGO ORNAGHI
DA AGÊNCIA FOLHA
As alterações que o governo fez
no mercado de energia elétrica
podem gerar aumento nas tarifas
cobradas do consumidor.
A avaliação é do presidente da
Copel (Companhia Paranaense
de Energia), Paulo Pimentel. Ele
calcula que os consumidores do
Paraná, por exemplo, deverão arcar com aproximadamente R$
100 milhões -custos que a Copel
deve ter com as alterações.
Pelo novo modelo energético,
toda a energia gerada no país não
pertence individualmente aos Estados onde ela é produzida, mas
sim ao conjunto nacional -devendo ser cobrada também conjuntamente, ou seja, em pool.
"A Copel produz energia velha,
barata e poderia vender a um preço inferior ao que deve ser apresentado pelo pool", afirma.
Energia velha é a produzida por
geradoras que já pagaram seus
custos de instalação. No pool proposto, a energia velha e a nova
-que ainda tem que amortizar
os investimentos "empatados"
nas usinas- são somadas e vendidas por um preço único.
Segundo a Copel, o ideal para o
sistema seria que apenas uma
parte da energia velha fosse comercializada por meio do pool.
Regiões inteiras do país, onde a
energia instalada é escassa e suas
usinas são recentes -com 15
anos ou menos-, elevarão o preço das tarifas. O Norte, por exemplo, sofre de escassez de energia
por ter poucas usinas geradoras
instaladas nos Estados da região.
Descontente com a situação, o
governador do Paraná, Roberto
Requião (PMDB), enviou na sexta-feira uma mensagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
com cópia ao ministro-chefe da
Casa Civil, José Dirceu, reclamando que o novo modelo "pune o
Paraná" por causa da possibilidade de o Estado ter que cobrar tarifas mais caras apesar de produzir
mais do que consome.
Colaborou Mari Tortato, da
Agência Folha, em Curitiba
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