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São Paulo, terça-feira, 18 de fevereiro de 2003

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Analistas e contratos futuros apontam novo aumento da taxa

GEORGIA CARAPETKOV
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais um aumento da Selic é esperado pelo mercado financeiro, apesar de não haver unanimidade de que essa é a medida correta a ser tomada pelo Copom.
A escalada dos juros começou em outubro, quando o BC elevou a taxa básica de 18% para 21% ao ano. Desde então, todos os meses a taxa subiu, e atualmente a Selic está no mais alto patamar desde maio de 1999.
A agência de notícias Reuters fez na última sexta-feira uma pesquisa com 22 economistas, dos quais 18 acreditavam em um novo aumento da taxa.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as negociações também apontam essa expectativa de alta. Nos últimos 30 dias, a taxa de juros dos contratos DI (que considera os juros interbancários) com vencimento em abril subiram de 25,25% para 26,8%. Nos contratos com vencimento em julho, a taxa passou de 25,67% para 28,11% ao ano.
Alexandre Maia, economista da Gap Asset Management, é um dos que acreditam que a taxa deva ser elevada novamente, agora para 26,5%. "A inflação corrente não deu sinais de queda, e um aumento maior não deverá vir em razão dos últimos já feitos", diz Maia.
Fernando Pinto Ferreira, diretor da Global Invest, também acha que a Selic irá subir, mas diz que essa pode não ser a melhor medida. "Estamos nos apressando, pois uma elevação demora em média seis meses para surtir efeito, e a taxa já subiu 7,5 pontos percentuais desde outubro. Se os combustíveis e os itens sazonais forem excluídos, temos sinais claros de desaceleração da inflação."
Ferreira ressalta que o relatório "Focus" reflete a expectativa do mercado e que as instituições nem sempre opinam de forma isenta, por serem afetadas pelas decisões do Copom.


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