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Analistas e contratos futuros apontam novo
aumento da taxa
GEORGIA CARAPETKOV
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais um aumento da Selic é esperado pelo mercado financeiro,
apesar de não haver unanimidade
de que essa é a medida correta a
ser tomada pelo Copom.
A escalada dos juros começou
em outubro, quando o BC elevou
a taxa básica de 18% para 21% ao
ano. Desde então, todos os meses
a taxa subiu, e atualmente a Selic
está no mais alto patamar desde
maio de 1999.
A agência de notícias Reuters
fez na última sexta-feira uma pesquisa com 22 economistas, dos
quais 18 acreditavam em um novo
aumento da taxa.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as negociações
também apontam essa expectativa de alta. Nos últimos 30 dias, a
taxa de juros dos contratos DI
(que considera os juros interbancários) com vencimento em abril
subiram de 25,25% para 26,8%.
Nos contratos com vencimento
em julho, a taxa passou de 25,67%
para 28,11% ao ano.
Alexandre Maia, economista da
Gap Asset Management, é um dos
que acreditam que a taxa deva ser
elevada novamente, agora para
26,5%. "A inflação corrente não
deu sinais de queda, e um aumento maior não deverá vir em razão
dos últimos já feitos", diz Maia.
Fernando Pinto Ferreira, diretor da Global Invest, também
acha que a Selic irá subir, mas diz
que essa pode não ser a melhor
medida. "Estamos nos apressando, pois uma elevação demora em
média seis meses para surtir efeito, e a taxa já subiu 7,5 pontos percentuais desde outubro. Se os
combustíveis e os itens sazonais
forem excluídos, temos sinais claros de desaceleração da inflação."
Ferreira ressalta que o relatório
"Focus" reflete a expectativa do
mercado e que as instituições
nem sempre opinam de forma
isenta, por serem afetadas pelas
decisões do Copom.
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