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Dona de restaurante diz que faz "malabarismo"
DA REDAÇÃO
Josefina Moreira, dona do restaurante Aroma Café, no bairro
de Higienópolis, diz que, após as
saídas do uísque 12 anos e do salmão do cardápio, agora é a vez
das verduras. Os primeiros foram
por causa do dólar; as verduras,
devido às chuvas", diz ela.
"É preciso não entrar na roda-vida dos preços altos, e só com
malabarismo se consegue isso." A
primeira providência foi colocar
no cardápio um aviso aos clientes:
"Devido aos elevados preços, deixamos temporariamente de trabalhar com este produto".
"Não posso perder a qualidade
dos pratos servidos, por isso busco alternativas", diz ela. Mudou os
locais de compras das verduras,
negocia prazos maiores de pagamento com os revendedores e
substitui as mais caras pelas mais
baratas.
A alface americana, por exemplo, que custava R$ 1,38 o quilo há
algumas semanas, e que agora está a R$ 6,09, com alta de 400%, está temporariamente fora do cardápio. Volta quando passar essa
fase sazonal, diz ela.
Flávio Luiz Godas, da Ceagesp,
diz que esse é o comportamento
correto. Ele recomenda a substituição da rúcula, da alface e da escarola por por acelga e repolho,
produtos mais resistentes à chuva
e ao calor e com preços menores.
A Ceagesp indica, ainda, maior
uso de batata, mandioca e cenoura neste período em que as verduras estão com preços altos.
(MZ)
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