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outro lado
Banco nega ligação com fundos Madoff
DA REPORTAGEM LOCAL
O Safra Group nega que tenha distribuído o fundo Zeus
Partners Limited, que, segundo reportagem do "Financial Times", verteu recursos para a Bernard Madoff Securities, empresa do
ex-presidente da Nasdaq (a
Bolsa eletrônica dos EUA)
acusado de criar um esquema fraudulento que causou
prejuízos de US$ 50 bilhões a
investidores no mundo.
"Não estamos envolvidos
com a Bernard Madoff Securities", afirmou em entrevista à Folha Robert Sigfried,
porta-voz do Grupo Safra,
em Nova York. Segundo ele,
a única ligação do Safra com
o Zeus ocorreu por meio do
Banque Jacob Safra Limited,
em Gibraltar. "Essa instituição, parte do grupo Safra, fez
apenas a operação de custódia do fundo, uma operação
comum no mercado exigida
pelas autoridades financeiras em todo o mundo."
Sigfried negou ainda que
Joseph Safra, um dos sócios
do Grupo Safra, tenha investido pessoalmente US$ 330
milhões no Zeus. "Ele nunca
investiu nesse fundo nem
em nenhum outro administrado pela Madoff."
Ainda segundo Sigfried, algumas filiais do banco Safra
no exterior atenderam a pedidos individuais de determinados clientes que solicitaram ao banco que os ajudasse a participar do Zeus e
de outros fundos não oferecidos pelo Safra. "Isso não
significa que distribuíamos
esses fundos."
No Brasil, muitos perderam fortunas com a Madoff.
A Folha apurou que apenas
um deles teve prejuízo de
US$ 80 milhões e está recorrendo na Justiça americana.
Sigfried afirma que é possível que clientes brasileiros,
titulares de contas do Safra
no exterior, tenham utilizado os serviços do banco lá fora para aplicar com Madoff.
"O Safra no Brasil não ofereceu esse serviço", diz.
De acordo com ele, quando um cliente pede ajuda do
Safra para investimentos em
fundos que não fazem parte
de sua carteira, eles enviam,
em papel timbrado do banco,
o perfil completo dos fundos
solicitados. "Foi o que aconteceu com os clientes que
pediram nossa ajuda para
aplicarem no Zeus", afirma.
"É nossa obrigação informá-los de tudo, principalmente
sobre os riscos e a rentabilidade. No caso do Zeus, está
no documento, ao qual o "Financial Times" teve acesso,
que aquelas informações não
se referiam a um fundo distribuído pelo Safra", afirma.
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