São Paulo, Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 1999
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Líderes falam em aprovação tranquila

da Sucursal de Brasília

Líderes governistas comemoraram ontem o recuo do economista Paul Krugman e previram a aprovação tranquila, pelo Senado, da indicação de Armínio Fraga para a presidência do Banco Central.
Para o presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen (SC), e para o líder do PSDB, Sérgio Machado (CE), Fraga será aprovado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) no dia 25 ou, no máximo, na primeira semana de março.
Para os dois, o relacionamento de Fraga com o megainvestidor George Soros é um trunfo para o cargo.
"Acho que Armínio Fraga é um homem altamente preparado, conhecedor do Banco Central. Ele vai se sair muito bem na sabatina da CAE. Ele tem o que poucos têm: experiência dos dois lados do balcão", disse Bornhausen.
"Além de ser um teórico, imagine o que o Armínio Fraga aprendeu sobre o mercado nesses cinco anos em que trabalhou ao lado de Soros", disse Machado.
Apesar do otimismo dos governistas, o senador Roberto Freire (PPS-PE) afirmou ontem que vai tentar impugnar a indicação de Armínio Fraga. ""Vou pedir à Mesa Diretora do Senado que não aceite a indicação porque falta a ele um requisito básico para o cargo: reputação ilibada", disse Freire.
O senador disse que mesmo Krugman afirmando não ter provas de que o presidente indicado do BC passou informações para Soros, a ""presunção" é de que ele agiu assim, já que era ""homem importante" do megainvestidor.
O líder tucano disse que o governo tem votos suficientes no Senado para aprovar a indicação de Armínio Fraga, mesmo que a oposição levante suspeitas contra ele.


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