São Paulo, quinta-feira, 18 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TOMA LÁ DÁ CÁ

Empresa ganhou ICMS reduzido e terreno

Continental, de pneus, investe US$ 260 mi em fábrica na Bahia

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Quarta maior fabricante mundial de pneus, a empresa alemã Continental anunciou oficialmente ontem que vai investir US$ 260 milhões na construção de uma unidade em Camaçari (região metropolitana de Salvador). Com a presença do governador Paulo Souto (PFL), o anúncio aconteceu no final da manhã, em um hotel de São Paulo.
Para trazer a Continental à Bahia -desde a chegada da Michelin, nos anos 80, o Brasil não recebia investimentos de nova marca de pneus-, o governo ofereceu à empresa terreno de 800 mil m2 com água, luz, asfalto e comunicações, além de incentivos fiscais.
"Nós reduzimos a alíquota do ICMS e dilatamos o prazo para o pagamento dos impostos devidos ao Estado", disse o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, Otto Alencar.
De acordo com Alencar, a redução média da alíquota do ICMS foi de 75%. A empresa ainda ganhou 12 anos de prazo para começar a pagar os seus impostos ao Estado.

Empregos locais
Quando estiver em plena capacidade produtiva, a Continental deverá empregar 1.200 pessoas, segundo informações da própria empresa. O governador Paulo Souto afirmou que a empresa vai priorizar a contratação de moradores da região.
Os diretores da Continental informaram também que a fábrica de Camaçari terá capacidade para produzir 6,5 milhões de pneus por ano, todos destinados a automóveis e caminhões. As obras da unidade começam em julho.
Com faturamento de US$ 11,4 bilhões em 2002, a Continental chega ao Brasil para concorrer com a Pirelli (que possui unidades em Feira de Santana-BA e Santo André-SP), a Bridgestone Firestone (Santo André-SP), a Goodyear (Americana-SP) e a Michelin (Rio de Janeiro).
Pelo projeto do governo baiano encaminhado à Continental, todo o acesso à fábrica será feito por ruas pavimentadas, sinalização viária vertical e horizontal e iluminação pública até a porta da unidade. "A Bahia foi a escolhida porque tem um governo sério, que honra todos os seus compromissos", disse Paulo Souto.
Segundo o governador, o investimento para a construção de mais uma fábrica em Camaçari é o segundo maior em execução atualmente no Estado -só perde para a Veracel Celulose, que está implantando uma unidade no extremo sul do Estado (investimento de US$ 1,25 bilhão).
"A Malásia, a Lituânia e o México também disputaram com a Bahia a implantação do projeto. Felizmente, a Continental optou pelo Brasil e pela Bahia."


Texto Anterior: Telecom Italia terá de deixar brasileira, diz Cade
Próximo Texto: Guerra das cervejas: Schincariol vai acionar AmBev e Zeca Pagodinho judicialmente
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.