São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2008

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Palocci vai presidir comissão sobre reforma

MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de uma disputa interna na base aliada, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou ontem que o deputado Sandro Mabel (PR-GO) será o relator da reforma tributária na comissão especial a ser instalada na próxima quarta-feira. O ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci (PT-SP), que esperava ocupar o cargo, ficou com a presidência, e Edinho Bez (PMDB-SC), com a vice.
O consenso só foi possível após o PMDB abrir mão da presidência para o PT e liberar a relatoria para o PR.
Vendo outro concorrente ao cargo, Ciro Nogueira (PP-PI), ganhar espaço, o PMDB preferiu ceder o posto de comando na comissão e evitar mais atrito dentro da base.
O líder do PT, Maurício Rands (PE) negou que tenha saído derrotado. "Conseguimos garantir o Palocci na direção", disse. Chinaglia também tentou minimizar o embate. "Não havia a disputa que muitas vezes se imaginava. O líder do PT fez a defesa que a bancada queria. Todos defenderam os seus, mas com a disponibilidade da composição [da comissão]".
Os nomes anunciados não agradaram a oposição. Apesar de ter minoria no Congresso, o líder do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), defendia que o partido ou os tucanos ficassem com um dos cargos de comando. "Seria um gesto importante do governo, ceder um dos cargos de comando para oposição e mostrar que a reforma é de todo o país, sem viés político. Mas com essa postura deles, adotaremos uma posição mais independente", afirmou.


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