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Palocci vai presidir comissão sobre reforma
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de uma disputa interna na base aliada, o presidente da Câmara, Arlindo
Chinaglia (PT-SP), anunciou
ontem que o deputado Sandro Mabel (PR-GO) será o
relator da reforma tributária
na comissão especial a ser
instalada na próxima quarta-feira. O ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci (PT-SP), que esperava ocupar o cargo, ficou com a presidência, e Edinho Bez (PMDB-SC), com a vice.
O consenso só foi possível
após o PMDB abrir mão da
presidência para o PT e liberar a relatoria para o PR.
Vendo outro concorrente
ao cargo, Ciro Nogueira (PP-PI), ganhar espaço, o PMDB
preferiu ceder o posto de comando na comissão e evitar
mais atrito dentro da base.
O líder do PT, Maurício
Rands (PE) negou que tenha
saído derrotado. "Conseguimos garantir o Palocci na direção", disse. Chinaglia também tentou minimizar o embate. "Não havia a disputa
que muitas vezes se imaginava. O líder do PT fez a defesa
que a bancada queria. Todos
defenderam os seus, mas
com a disponibilidade da
composição [da comissão]".
Os nomes anunciados não
agradaram a oposição. Apesar de ter minoria no Congresso, o líder do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto
(BA), defendia que o partido
ou os tucanos ficassem com
um dos cargos de comando.
"Seria um gesto importante
do governo, ceder um dos
cargos de comando para oposição e mostrar que a reforma é de todo o país, sem viés
político. Mas com essa postura deles, adotaremos uma
posição mais independente",
afirmou.
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