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Conversa com FMI não depende só do atual governo, afirma Malan
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Fazenda, Pedro
Malan, disse ontem que as discussões com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para um novo
acordo é um processo demorado
e que não dependem apenas do
governo. "Estamos avaliando
possibilidades. Não estamos excluindo nenhuma e não estamos
fixados a nenhuma. Mesmo porque isso depende de outras coisas.
Não é uma decisão única e exclusiva deste governo", disse.
Segundo Malan, as conversas
com o FMI só poderão prosperar
se os candidatos à Presidência
atingirem um grau de "comprometimento crível" em suas propostas sobre a manutenção dos
principais parâmetros da atual
política econômica.
"É uma avaliação da extensão
do grau de comprometimento
crível dos diferentes candidatos e
suas equipes com algumas idéias
básicas, sem as quais essa conversa com a instituição dificilmente
pode prosperar", disse o ministro
ao definir o objetivo dos encontros que o presidente do Banco
Central, Armínio Fraga, vem tendo com os candidatos.
Segundo Malan, a negociação
com o Fundo é "um processo".
Ele acrescentou que também está
disposto a conversar com os candidatos e suas equipes. "Nunca
nos recusamos e jamais recusaremos conversar com quem quer
que seja", comentou.
Malan afirmou que o FMI e os
EUA têm manifestado, em várias
ocasiões, que estão dispostos a
trabalhar juntos em um programa não só com o atual governo.
Ele lembrou que a área econômica mantém contatos constantes com o secretário do Tesouro
dos EUA, Paulo O'Neill, e seu adjunto, John Taylor. "Aliás, ele
[O'Neill" me ligou dizendo que
está vindo aqui no começo de
agosto, se não me engano, para
conhecer melhor o país."
(JULIANNA SOFIA E LEONARDO SOUZA)
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