São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 2002

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Conversa com FMI não depende só do atual governo, afirma Malan

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem que as discussões com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para um novo acordo é um processo demorado e que não dependem apenas do governo. "Estamos avaliando possibilidades. Não estamos excluindo nenhuma e não estamos fixados a nenhuma. Mesmo porque isso depende de outras coisas. Não é uma decisão única e exclusiva deste governo", disse.
Segundo Malan, as conversas com o FMI só poderão prosperar se os candidatos à Presidência atingirem um grau de "comprometimento crível" em suas propostas sobre a manutenção dos principais parâmetros da atual política econômica.
"É uma avaliação da extensão do grau de comprometimento crível dos diferentes candidatos e suas equipes com algumas idéias básicas, sem as quais essa conversa com a instituição dificilmente pode prosperar", disse o ministro ao definir o objetivo dos encontros que o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, vem tendo com os candidatos.
Segundo Malan, a negociação com o Fundo é "um processo". Ele acrescentou que também está disposto a conversar com os candidatos e suas equipes. "Nunca nos recusamos e jamais recusaremos conversar com quem quer que seja", comentou.
Malan afirmou que o FMI e os EUA têm manifestado, em várias ocasiões, que estão dispostos a trabalhar juntos em um programa não só com o atual governo.
Ele lembrou que a área econômica mantém contatos constantes com o secretário do Tesouro dos EUA, Paulo O'Neill, e seu adjunto, John Taylor. "Aliás, ele [O'Neill" me ligou dizendo que está vindo aqui no começo de agosto, se não me engano, para conhecer melhor o país."
(JULIANNA SOFIA E LEONARDO SOUZA)


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